AMAZONAS TEM 175 CASOS DO NOVO CORONAVÍRUS; 26 PESSOAS. DEIXARAM O PERÍODO DE TRANSMISSÃO



A atualização dos números e das ações de combate à disseminação do novo coronavírus no Estado foi realizada em live nas redes sociais do Governo do Amazonas, nesta terça-feira, pelo secretário de Estado de Saúde (Susam), Rodrigo Tobias de Sousa, e pela diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rosemary Costa Pinto.

Segundo os dados processados até o final da manhã desta terça-feira, dos 175 casos da doença no Amazonas, 159 foram de pessoas moradoras de Manaus, e 16 de residentes do interior. Careiro da Várzea entrou na lista de cidades do Estado com casos de Covid-19, com 1 caso. Os demais são Parintins (3), Manacapuru (4), Itacoatiara (4), Santo Antônio do Içá, Anori, Boca do Acre e Novo Airão com 1 caso cada.

O Amazonas também registrou de segunda para esta terça-feira mais 2 mortes, subindo para três o total de óbitos em decorrência da Covid-19. As duas vítimas eram do sexo masculino. Um tinha 43 anos e o outro 49 anos.

Segundo Rosemary Pinto, as três vítimas fatais da doença no Amazonas apresentavam fatores de risco que podem levar à morte, como hipertensão, diabetes, obesidade e problemas respiratórios. A terceira vítima não chegou a ser internada. Chegou ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Coroado, zona leste, em Manaus, na segunda-feira (30/03), em parada cardiorrespiratória não reagindo às manobras de reanimação. Nesta terça-feira, o exame deu positivo para Covid-19.

“Daí a necessidade de que temos que focar alertas para pessoas que tenham diabetes, hipertensão, obesidade, asma, outros problemas respiratórios, quem esteja em tratamento de câncer, baixa imunidade, cardiopata. Essas pessoas, se elas sentirem sintomas de resfriado, gripe e principalmente se tiverem febre e dificuldade para respirar, elas não devem tardar em buscar atendimento”, afirmou a diretora da FVS-AM.

Do total de pacientes com a doença, 28 estão internados, 12 deles em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Desses 12 pacientes graves, 3 estão no Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, na zona norte de Manaus, que é referência na rede pública para o atendimento de casos graves. Os outros 9 estão na rede particular.

Do total de pessoas infectadas pelo vírus, a FVS-AM informou nesta terça-feira que 26 saíram do período de transmissão da doença, encerrando assim a fase de isolamento domiciliar (quarentena).

Exames - Nas últimas 24 horas, o Laboratório Central do Estado do Amazonas (Lacen-AM), da FVS-AM, processou 130 amostras biológicas de pessoas suspeitas de Covid-19. Outras 120 estão em investigação, dependendo do resultado do exame. O prazo médio para liberação dos resultados dos testes no Estado é de 24 horas.

A diretora da FVS-AM ressaltou que a confirmação do diagnóstico não é condição para se iniciar o protocolo de assistência médica para pacientes graves com suspeita da doença. Ou seja, enquanto espera o resultado, o paciente recebe todos os cuidados necessários na unidade hospitalar em que buscou atendimento.

“O paciente está sendo assistido, dentro do protocolo, os médicos seguindo o protocolo do tratamento e o paciente não espera o resultado para poder ser tratado, esta informação do resultado é mais uma informação importante do ponto de vista epidemiológico, não do ponto de vista de manejo desse paciente”, disse Rosemary Pinto.

Rodrigo Tobias informou que está previsto para esta semana a chegada ao Estado de 30 mil testes rápidos, de uma compra feita pelo Amazonas. O governo aguarda ainda receber testes de uma compra realizada pelo Ministério da Saúde, disse o secretário.
O secretário de Saúde do Amazonas informou também que o Estado aguarda a chegada para essa semana de equipamentos para montar mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Delphina Aziz. A unidade já conta atualmente com 50 leitos de UTI para casos de Covid-19.

Rodrigo Tobias reforçou o pedido para que a população permaneça seguindo as orientações das autoridades de saúde, tanto as de higiene quanto a de evitar sair de casa.

“A gente quer lembrar também para que todos fiquem em casa. Ficar em casa agora é mais que um ato de amor, um ato de cidadania, porque significa menos pessoas nos nossos hospitais. Nesse sentido, a gente pede para a sociedade ficar em casa e que a gente vai cuidar daqueles que mais precisam”, declarou o titular da Susam.


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