TITE CONFIRMA QUE BRASIL CONTRA O PERU SERÁ O MESMO QUE COMEÇOU CONTRA A ARGENTINA E DIZ: 'A SAÚDE ESTÁ ACIMA. AS LEIS ESTÃO ACIMA'
O técnico Tite Foto: Lucas Figueiredo/CBF |
O técnico Tite confirmou que o Brasil vai enfrentar o Peru, às 21h30 desta quinta-feira, com o mesmo time que começou o jogo com a Argentina.
Weverton, Danilo, Éder Militão, Lucas Veríssimo e Alex Sandro; Casemiro, Gerson, Everton Ribeiro e Lucas Paquetá; Neymar e Gabigol.
Vale lembrar que a Seleção não conta com o zagueiro Marquinhos. Ele teria que cumprir suspensão contra a Argentina, mas, como a partida foi suspensa, a CBF preferiu não escalá-lo diante do Peru para evitar eventuais punições futuras.
O técnico fez o primeiro comentário após a interrupção do jogo anterior em função do problema dos quatro argentinos com as autoridades sanitárias do Brasil.
- A saúde está acima. As leis estão acima - , disse Tite, que mais tarde complementou:
- Gostaria que o jogo tivesse acontecido, sim. Mas absolutamente corretas as manifestações da Anvisa, do Ministéiro da Saúde. O futebol não está acima. Que a gente tenha saúde o mais rápido possível. Associado a isso vai ter emprego, trabalho, dignidade. Passar por cima de leis não existe, burlar situações. Eu não posso julgar o tempo disso. Não tenho conhecimento para saber a que tempo foi feito.
Tite comentou a função de Neymar na escalação sem dar detalhes. O craque não esteve bem contra o Chile.
- A gente está tentando encontrar alternativas criativas do meio para a frente. Para tornar a equipe mais móvel. Temos pouco tempo para organizar. Essa dificuldade é de todos. Foi maior pois trocou toda uma base da equipe (com os desfalques na convocação). Ma temos qualidade suficiente para superar - emendou o técnico, entregando que a postura tática será semelhante ao do segundo tempo contra o Chile.
O auxiliar César Sampaio reforçou que havia expectativa por evolução contra a Argentina. E esse sentimento será projetado para o jogo com o Peru.
Tite cobrou mais regularidade na partida, e também maior controle de jogo.
- Temos que transformar criação em gol - alertou o técnico.
O treinador exemplificou o caso de Bruno Guimarães para dizer que a apresentação individual da primeira partida não será determinante para futuras convocações.
- O cartão prejudicou o desempenho. Nos dois treinamentos em seguida, houve uma retomada com grau de confiança alto. Não é só no jogo. É um contexto. Se não fica uma situação muito opressora. Uma palavra mal colocada ecoa como soberba, arrogância. Um desempenho não significa que é menos ou mais patriota, está fora ou não da Europa.
"Quando está ficando bom, é hora de voltar", diz Weverton
A rodada tripla das Eliminatórias seria uma excelente oportunidade para a seleção ganhar sequência de treinos para melhorar o entrosamento e o desempenho, consequentemente. Mas a interrupção do jogo com a Argentina quebrou esse plano, e agora será necessário retomar os planos contra o Peru, nesta quinta-feira, na Arena Pernambuco.
O tema foi levantado na coletiva de imprensa com o goleiro Weverton, do Palmeiras. Ele reforçou que, diante dos três jogos marcados, o tempo para treinamentos foi pouco. O que tornaria as partidas essenciais para que houvesse a evolução na prática do que Tite planejava com o grupo todo desfalcado.
Além de problemas com os jogadores da Inglaterra, ainda houve a perda de Matheus Nunes (Sporting-POR), que preferiu ser chamado por Portugal, e de Malcom e Claudinho, que tiveram que voltar à Rússia pelos mesmo motivos do grupo inglês, a quarentena necessária para voltarem a jogar.
- O espaço para treinamento foi encurtado. Difícil ter esse encaixe. Jogo da Argentina era muito importante, com certeza teria um jogo melhor que o do Chile. Era mais uma oportunidade. Quando estava ficando bom, é hora de voltar para nossos clubes - afirmou Weverton, revelando o comentário do técnico Tite sobre a interrupção do trabalho quando tudo começa a encaixar.
Segundo o goleiro, a solução para o empecilho foi conversar ainda mais, e fazer uso do bom ambiente da seleção brasileira. Houve tempo para mais papo e mais intimidade entre atletas e comissão técnica. O que vai passar da teoria para a prática no jogo com o Peru, o segundo em que o Brasil terá a oportunidade de jogar na rodada tripla.
- Importante ter essa sequência. A seleção é isso, se adaptar o mais rápido possível, ver o que cada um pode oferecer. Mesmo sem tanto tempo de treino, conversa, se conhece, para tirar o máximo e levar para campo. Não à toa é a sétima vitória na Eliminatória e vamos em busca de mais - disse o goleiro.
*Extra
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