PREFEITOS DO AM VIAJAM A BRASÍLIA COM GARIMPEIROS PARA DISCUTIR EXPLORAÇÃO DE OURO NO RIO MADEIRA
Comitiva de Humaitá se prepara para deixar a cidade rumo a Brasília para reunião com bancada do Amazonas — Foto: Lucas Lobo/Rede Amazônica |
Uma comitiva formada por prefeitos do interior do Amazonas e garimpeiros viajam a Brasília na tarde desta terça-feira (30). O objetivo é discutir a situação do garimpo ilegal e da exploração de ouro no Rio Madeira.
A viagem ficou acertada na segunda-feira (29), após uma reunião do prefeito de Humaitá, Dedei Lobo (PSC), com garimpeiros que atuam no Rio Madeira. Os garimpeiros querem que prefeitos da região intercedam junto às autoridades para evitar que seja feita no município uma operação contra a exploração ilegal de ouro, como a realizada na região de Autazes no fim de semana.
O grupo de Humaitá que vai viajar é formado por Dedei Lobo (PSC) e pelo presidente da Câmara da cidade, Manoel Domingos dos Santos. Da cidade de Manicoré, viajam o vice-prefeito Paulo Sérgio Machado Barbosa (Republicanos) e o presidente da câmara de vereadores da cidade. Completam a comitiva os prefeitos de Nova Olinda do Norte, Adenilson Reis (MDB), e de Novo Aripuanã, Jocione Souza (PSDB).
"Estamos indo a Brasília todos os prefeitos da calha do Rio Madeira e a câmara de vereadores. O objetivo da nossa viagem é um encontro com a bancada do estado do Amazonas, com deputados e senadores, para buscarmos um caminho, um entendimento, a legalização do extrativismo mineral familiar aqui do Rio Madeira, como já aconteceu no passado para darmos melhores condições de vida aos ribeirinhos do madeira", afirmou Lobo.
A saída de Humaitá acontece ainda na manhã desta terça-feira. O grupo deixa o município e vai para Porto Velho, em Rondônia, de onde embarcam para Brasília à tarde.
A reunião está prevista para ocorrer às 15h de quarta-feira, dia 1º de dezembro, com a bancada do Amazonas, com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
"Nós estamos em uma força tarefa com os prefeitos do Madeira para resgatar as famílias que ficaram desabrigadas depois da operação. São muitas famílias ao longo do Madeira, são pessoas que ficaram às margens do rio, sem nada. Desabrigadas. Está sendo feito um cadastro pela secretaria de assistência social dos municípios, estamos resgatando através de embarcações e trazendo para o nosso município para proporcionarmos políticas que deem condições de sobrevivência para essas pessoas que perderam tudo", afirmou Lobo.
*G1
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