COM A PALAVRA, O PROFESSOR!

 

Foto: divulgação

Agora, que já me despedi dos meus amigos que Deus os chamou, vou falar um pouco sobre o que vem acontecendo com a nossa Zona Franca de Manaus, que acaba de receber um presente amargo!

Modelo mais brasileiro de todas as alternativas já implantadas , a ZFM, que quando nasceu podia tudo, menos cinco segmentos, foi sendo mutilada ao longo do tempo pela caneta dos poderosos do Planalto e por “brasileiros” de outras plagas, que desconhecem que ela é: exportadora líquida de receita para a União; compra hoje a maioria absoluta de insumos no resto do Brasil; contribui com o equilíbrio da nossa Balança Comercial; gera empregos no Amazonas e no resto do Brasil e, de quebra é responsável, em parte, por termos em torno de 97% da nossa floresta preservada. Pergunto: qual o modelo de desenvolvimento brasileiro que fez, ao mesmo tempo, tudo isso?; resposta: nenhum!

Então, porque é tão perseguida? Resposta: porque, via de regra, os detentores da caneta não estudaram o suficiente ou não consegue resistir as pressões do jogo econômico e de interesses nem sempre confessáveis. E, não venham falar de renúncia fiscal, pois, teríamos que abrir as vísceras dos bilhões de reais de renúncia que o Brasil faz para, por exemplo,: a Indústria Automobilistica, Agropecuária, Agroindústria, e, claro, também para a Zona Franca.

Ao enterrar ainda a pouco o meu amigo Carlos Edson, um homem que só fez o bem durante toda a sua vida, lembrei que o recente decreto sobre isenção de IPI ( Imposto sobre Produtos Industrializados), editado pelo governo Federal, é mais um réquiem para nossa Zona Franca de Manaus; morte lenta e dolorosa, pois, atinge todo o povo amazonense!

Vamos lutar, juntos, por mais uma vertente econômica (Matriz), sob pena de nossa geração ser responsabilizada de deixar para nossos filhos uma herança semelhante a deixada pelo Ciclo da Borracha: anos e anos de desesperanças e escuridão!

Professor José Melo

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