MULHERES TUXAUAS E PREVENÇÃO DA AMAZÔNIA MARCAM PRIMEIRA NOITE DO FESTIVAL DE PARINTINS

Foto: Divulgação

Parintins (AM) – A primeira noite do Festival Folclórico de Parintins foi marcada pela celebração da diversidade dos povos indígenas, empoderamento feminino e a defesa da preservação da Amazônia.

Ambos os bumbás excederam o tempo limite de apresentação, de 2h30 minutos. O Garantido extrapolou 13 segundos, enquanto o Caprichoso apenas 7 segundos.

O primeiro a entrar na arena foi o Garantido com o tema “Amazônia do Povo Vermelho”. O boi do coração levou a galera vermelha e branca ao delírio.

Israel Paulain surgiu em um guindaste com uma alegoria no formato de coração cantando a toada “Flor de Tucumã” . A galera inabalável cantou em coro o trecho: “Vermelho encarnado do meu coração. Vermelho encarnado é o meu povão. Vermelho encarnado é o meu chapéu”.

Ao descer na arena, Israel Paulain iniciou a tradicional contagem do boi vermelho e branco, que ocorre desde a década de 1970, lembrando as vítimas da Covid-19, entre elas, Paulinho Farinha, um dos ícones do Festival.

O amo do boi da Baixa do São José, João Paulo Faria, surgiu no meio da galera.

Levantando a bandeira do empoderamento feminino, Garantido fez história levando para a arena, pela primeira vez, tuxauas mulheres. A apresentação foi um dos pontos altos do boi.

O vermelho e branco fez uma homenagem ao jornalista britânico Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira, mortos no Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, durante o ritual das tribos indígenas.

Caprichoso encerrou a primeira noite com grandiosidade, deixando a galera azul e branca na expectativa pelo título de campeão.

O apresentador, Edmundo Oran, e o levantador de toadas e estreando, Patrick Oliveira, surgiram suspensos em um módulo há mais de 100 metros de altura.

Com o tema “Amazônia Nossa Luta em Poesia”, o bumbá azul e branco levou para a arena do Bumbódromo um manifesto em defesa da preservação com alegorias gigantes.

A galera azul e branca não se intimidou e deu show na área também. A cada alegoria, o item 19 ia à loucura. Em um dos momentos, Caprichoso surgiu no meio da torcida.

Outro momento de euforia foi durante a apresentação da cunhã-poranga Marciele Albuquerque. O ritual indígena Tuparí, que trouxe o pajé Erick Beltrão, estreante no festival, foi um dos momentos mais aguardados pelos torcedores do Caprichoso.

Neste sábado (25), segunda noite do Festival, Caprichoso abre e Garantido fecha.

*Em Tempo