COM ENTRADA GRATUITA, CINECLUBE DE ARTE APRESENTA PRODUÇÕES AMAZÔNICAS

 

Com direito a pipoca, chopp orgânico e guaraná, a exibição acontece no Cineteatro Guarany, com entrada gratuita

Com uma programação voltada a agroecologia e vivências amazônicas, o Cineclube de Arte apresenta, neste sábado (27), a partir das 18h, o documentário musical “Mestres da Tradição na Terra do Guaraná” e o curta “Seiva Bruta”, com mulheres agroextrativistas do Médio Juruá. Além disso, o evento contará com uma mesa de debate com representantes da Rede Maniva de Agroecologia.

“Mestres da Tradição na Terra do Guaraná” é um documentário musical que faz um recorte da biodiversidade e grandeza cultural dos amazônidas de Maués (a 276 quilômetros de Manaus), no baixo Amazonas, conhecida como a Terra do Guaraná, região de povos originários e tradicionais. O documentário recebeu um prêmio do Festival Olhar do Norte, em 2022, como melhor som.

O povo da cultura do guaraná vivencia música e encenação de seus ritmos, oriundos das antigas culturas indígenas e afrodescendentes: Gambá, Boi de Terreiro e outros Folguedos como Tapiraiauára e Anselmo, a Cobra Grande. Segundo Lívia Prestes, idealizadora do projeto, para a experiência ficar melhor, será distribuído para a plateia guaraná agroflorestal, produzido em Maués, e chopp sarapó, bebida orgânica de Novo Airão.

Mulheres fluidas nessas águas densas
Criado a partir de intervenções terapêuticas na região do Médio Rio Juruá, o filme Seiva Bruta é uma produção sensível que reflete a força coletiva de mulheres que compartilham seus desejos, suas histórias, suas vivências íntimas, sua sobrevivência através do sentir oculto, mas não menos expressado no modo de vida tão emaranhado na terra.

A produção é fruto das viagens da terapeuta e fotógrafa Fernanda Preto pela região. Num intenso processo de escuta, Fernanda passou 27 dias no barco do Instituto Juruá, juntamente com pesquisadores, ouvindo relatos das moradoras da localidade, num entendimento também sobre si.

“O mais lindo desse trabalho foi poder retornar às fotografias que eu fiz entre 2006 e 2008 na região, e reencontrar pessoas da época. Foram 40 dias de trabalho, e durante o caminho que eu fui ouvindo as histórias, eu fui entendendo mais sobre o gênero, dessa mulher forte do Juruá, que traz uma história de garra e resistência”, conta a terapeuta.


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