CPMI APROVA CONVOCAÇÃO PARA DEPOIMENTO DE EX-GSI E EX-DIRETOR DA ABIN
Após acordo entre governo e oposição, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou, nesta terça-feira (20), a convocação para colher o depoimento de mais quatro pessoas na comissão, além de outras 36 convocadas anteriormente. Entre os novos convocados, estão o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GS) general Marco Edson Gonçalves Dias e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha. Ambos foram indicados já no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Também foram aprovadas as convocações de Renato Martins Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela elaboração do laudo sobre o exame do local onde foi encontrado artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro, e do coronel Jean Lawand Junior, ex-subchefe do Estado-Maior do Exército e atual adjunto do adido do Exército junto à Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos.
O novo pedido para o comparecimento de Gonçalves Dias ao seio da comissão foi feito pelos senadores Sergio Moro (União-PR), Izalci Lucas (PSDB-DF), Magno Malta (PL-ES) e os deputados Delegado Ramagem (PL-RJ), Rafael Brito (MDB-AL), Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), que voltaram a apresentar o pedido após ele ter sido negado na semana passada.
O grupo de senadores e deputados querem esclarecimento sobre as informações enviadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com forma de alertar e prevenir autoridades e órgãos públicos dos ataques ocorridos em 8 janeiro.
Já a convocação do coronel Jean Lawand Junior foi colocada em votação como item extra pauta de autoria da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e dos deputados Duarte (PSB-MA), Rogério Correia (PT-MG), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Duda Salabert (PDT-MG) e Rafael Brito.
O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), informou que até o dia 12 de julho só prestarão depoimento os convocados que estejam relacionados à fase cronológica inicial estabelecida pela relatora no plano de trabalho.
“Isso é fruto de um entendimento nosso. Nós, inclusive, podemos considerar que a última sessão antes do recesso é no dia 12 de julho. Até lá, nós só ouviremos depoentes que estejam envolvidos em acontecimentos pré-8 de janeiro. Isso é um procedimento para que a gente dê tranquilidade a todos para saber como é o andamento das coisas”, esclareceu.
*Com informações Agência Senado
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