"IMPLOSÃO CATASTRÓFICA". CONFIRMADA MORTE DOS CINCO TRIPULANTES DO TITAN

 

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Era a notícia que ninguém queria dar. Os cinco passageiros que se encontravam a bordo do Titan, o submarino procurado desde domingo no Atlântico Norte, perto dos destroços do Titanic, morreram, anunciou a empresa em comunicado esta quinta-feira ao início da noite.


"Acreditamos que o nosso chefe Stockton Rush, Shahzada Dawood e o seu filho Suleman, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet estão, infelizmente, mortos", disse a OceanGate em comunicado.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que os destroços recuperados do submarino mostraram que este tinha sofrido uma "implosão catastrófica".


Anteriormente, tinham anunciado no Twitter que um "campo de destroços" tinha sido localizado "na zona de busca por um ROV (Remotely Operated Vehicle) perto do Titanic".


O anúncio, na quarta-feira, de que os aviões canadianos P-3 tinham detetado ruídos submarinos aumentou as esperanças e concentrou a armada multinacional de socorristas enviada para o local, embora a origem dos ruídos ainda não tenha sido determinada.


"A principal esperança"

Vigilância aérea com aviões C-130 ou P3, navios equipados com robôs submarinos: os meios mobilizados pelos exércitos americano e canadiano, em particular, continuaram a chegar na quinta-feira ao local onde está estacionado o Polar Prince, o navio de onde partiu o submarino Titan.


O Atalante, um navio do Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar (Ifremer), chegou ao local na madrugada de quinta-feira, segundo o instituto. Está equipado com um robot, o ROV Victor 6000, capaz de mergulhar até aos destroços do Titanic, que se encontram a quase 4.000 metros de profundidade.

O Victor 6000 era a "principal esperança" para uma operação de salvamento subaquático, disse aos jornalistas Rob Larter, um perito do British Antarctic Survey (uma organização de investigação britânica com sede em Cambridge).

A área de busca à superfície abrangeu 20.000 quilómetros quadrados.

O Titan, que tem cerca de 6,5 metros de comprimento, mergulhou no domingo e deveria emergir sete horas depois, mas o contacto foi perdido menos de duas horas após a sua partida. Ao meio-dia de terça-feira, a Guarda Costeira norte-americana tinha avisado que "restavam cerca de 40 horas de ar respirável" a bordo.


Potencial negligência

Desde o início das buscas, surgiram informações que implicam a OceanGate numa possível negligência técnica relacionada com o submarino turístico..


Uma denúncia de 2018 consultada pela AFP indica que um antigo diretor da empresa, David Lochridge, foi demitido depois de ter manifestado sérias dúvidas sobre a segurança do Titan.


Segundo este antigo diretor de operações marítimas, uma vigia na parte da frente do submarino foi concebida para suportar a pressão sentida a 1300 metros de profundidade e não a 4000 metros.


O patrão da OceanGate, o americano Stockton Rush, estava a bordo, juntamente com o empresário britânico Hamish Harding (58 anos), o antigo mergulhador e oficial da marinha Paul-Henri Nargeolet (77 anos) - apelidado de "Mr. Titanic" - e o magnata paquistanês Shahzada Dawood (48 anos) e o seu filho Suleman (19 anos) - ambos com nacionalidade britânica.







*com AFP

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