PERÍODO DE VAZANTE DOS RIOS NO AM AUMENTA RISCOS DE MALÁRIA E HEPATITE
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Com a descida dos rios, parte da população fica exposta a uma série de doenças, que podem ser contraídas pelo contato ou ingestão de água e alimentos contaminados. No Amazonas, as doenças mais comuns no período de vazante são a malária e a hepatite A, por isso, é necessário tomar alguns cuidados para evitar a contaminação, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, alerta que a malária e a hepatite A são doenças presentes no Amazonas. “É fundamental que as pessoas estejam atentas aos sintomas dessas doenças e busquem atendimento médico imediato, caso os apresentem, para garantir um diagnóstico precoce e tratamento adequado”, ressalta.
A coordenadora do Programa Estadual de Hepatites Virais do Amazonas, na FVS-RCP, Vaniéli Cappellesso, destaca a prevenção da hepatite. “Nesse período de vazante, o principal tipo de hepatite é a A, porque ela é transmitida através dos alimentos não higienizados de forma adequada, água contaminada, entre outros. Por isso, o principal cuidado é a higienização das mãos antes de qualquer refeição, higienização dos alimentos e tomar água potável”, disse a coordenadora.
Entre os sintomas da hepatite A, estão: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pelo e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Ainda sobre prevenção, este mês, a FVS-RCP, por meio da campanha “Julho Amarelo”, contra as hepatites virais, realiza várias ações para de combate à doença.
Malária
A malária é outra enfermidade que preocupa durante o período da vazante, por conta das condições demográficas, sociais e ambientais que são bastante favoráveis ao ciclo de vida do mosquito. Na região amazônica, o índice de transmissão é 99%.
Entre os sintomas da malária, os mais comuns são febre alta, calafrios intensos, dor de cabeça e no corpo, pele amarelada, cansaço e falta de apetite. A coordenadora estadual do Programa de Controle da Malária da FVS-RCP, Myrna Barata, alerta para a mudança de alguns hábitos da população, durante o período sazonal da doença.
“Esse período é crucial, porque é o período de maior transmissão da doença dentro do estado. Por isso, a gente pede: pessoas que têm o hábito de ir aos igarapés e flutuantes, que aproveitem o período do dia, porque o final da tarde é quando os mosquitos mais aparecem. Se sentir, após 7 a 10 dias, os sintomas, procurar imediatamente o posto mais próximo da sua casa”, afirma.
Ações preventivas
Em maio deste ano, foi lançado um plano de diretrizes para controle da malária no Amazonas que distribuiu 627 itens para combate à doença aos 61 municípios do interior, que atuam por meio do Programa Municipal de Controle da Malária e incluem 45 motocicletas, 12 Botes c/ motor de 40 HP, 460 balanças de peso corporal e 110 microscópios bacteriológicos. Na ocasião, ele destacou a redução de 43% nos casos de malária no estado, este ano, e reforçou a importância das parcerias para que a população tenha acesso ao diagnóstico e ao tratamento precoce.
Em relação às hepatites virais, no dia 28 de julho, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) realizará ação de testagem rápida e palestras sobre hepatites virais. E um workshop na Fundação Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) será realizado para apresentação da Linha do Cuidado das Hepatites Virais do Amazonas aos profissionais que atuam no atendimento às hepatites virais.
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