EM PARINTINS, LULA DIZ QUE NÃO QUER 'TRANSFORMAR A AMAZÔNIA EM UM SANTUÁRIO'
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"A gente vai cuidar da Amazônia, mas cuidar da Amazônia não é do jeito que algumas pessoas falam. Cuidar da Amazônia é começar dizendo que a gente não quer transformar a Amazônia num santuário. A gente quer cuidar de cada igarapé, de cada animal, de cada passarinho, de cada flor, da nossa água, mas, sobretudo, eu quero cuidar do povo amazonense que mora aqui", afirmou Lula.
"Nós não aceitaremos nem admitiremos garimpo ilegal em terras públicas. Nós não aceitaremos madeireiros ilegais. Ninguém é dono de uma árvore que tem 300 anos. Essa árvore não pertence a ninguém. É patrimônio da humanidade", acrescentou. As declarações foram dadas durante uma agenda em Parintins.
Na próxima semana, nos dias 8 e 9 de agosto, Lula vai participar da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA). Os oito países que abrigam a floresta amazônica — Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela — vão estar representados no evento. Foram chamadas também para o encontro as nações que têm as maiores florestas tropicais do mundo. São elas: Indonésia, República Democrática do Congo e Congo Brazzaville. A França também foi convidada, por causa da Guiana Francesa.
Entre os objetivos da cúpula estão o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) e a definição de uma posição em comum dos países em desenvolvimento que detêm reservas florestais. Além disso, o governo elaborou uma proposta para uma declaração conjunta dos estados, que será conhecida como Declaração de Belém. O plano está em análise pelos demais participantes.
Especialistas afirmam que o evento vai servir de ensaio para a COP 30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025. "A Cúpula da Amazônia é o primeiro esboço preparatório para a COP 30, que o Brasil vai sediar em 2025, no Pará. É como se fosse um balão de ensaio. O presidente Lula vai buscar retomar um diálogo regional entre os países-membros para fortalecer os laços entre esses governos e a sociedade civil, para defender a sustentabilidade da Amazônia", explica o economista e advogado Alessandro Azzoni.
*Com informações do R7
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