SARAIVA DEMITE FUNCIONÁRIOS DE ÚLTIMAS 5 LOJAS E DEVEM FUNCIONAR APENAS COMO E-COMMERCE

 

Foto: divulgação

A Livraria Saraiva, que em tempos já foi a maior rede de livrarias do Brasil, deu continuidade ao seu processo de reestruturação nesta quarta-feira (20), quando demitiu os funcionários de suas últimas cinco lojas físicas. A empresa, que entrou em recuperação judicial, agora planeja operar exclusivamente como uma plataforma de e-commerce.

Até esta semana, a Saraiva mantinha quatro lojas na cidade de São Paulo, incluindo a histórica unidade na Praça da Sé, a primeira inaugurada pela empresa nos anos 1970, além de estabelecimentos em outros locais, como o Shopping Aricanduva, Jundiaí e Novo Shopping. A última loja restante estava em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

No site da Saraiva, ainda é possível encontrar um link para a seção “Nossas lojas”, mas ao acessá-lo, os usuários são redirecionados para uma página de “Mais vendidos”.

A empresa tem uma Assembleia Geral Especial de Preferencialistas (Agesp) agendada para a sexta-feira, 22. Um dos tópicos em discussão nessa assembleia é a possível conversão das ações preferenciais em ações ordinárias, o que permitiria a transferência do controle da empresa para os principais acionistas preferenciais, atualmente controlada pela família Saraiva.

O processo de reestruturação da Saraiva começou em 2018, quando a empresa fechou 20 lojas em um único dia. Naquela época, a rede ficou com 84 unidades e entrou com um pedido de recuperação judicial um mês depois, revelando uma dívida de R$ 674 milhões.

Nos anos subsequentes, a Saraiva continuou fechando lojas à medida que lutava para se recuperar financeiramente. Recentemente, a empresa voltou às manchetes quando alguns conselheiros renunciaram e fizeram acusações contra os controladores da empresa em uma carta endereçada a Olga Maria Barbosa Saraiva, presidente do Conselho de Administração. A carta mencionava o “pagamento da remuneração da KR Capital”, a empresa responsável pela restruturação operacional da Saraiva em 2021 e que atualmente está envolvida na renegociação das dívidas da empresa, com um de seus sócios sendo Marcos Guedes, CEO da Saraiva.




Estadão Conteúdo*

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