NOVO RECORDE: RIO NEGRO CONTINUA DESCENDO EM MANAUS COM A MARCA DE 13,49 METROS

  

Michael Dantas/Divulgação AFP
O Rio Negro continua descendo em Manaus, e nesta terça-feira (17), o nível do rio está em 13,49. A previsão é que o nível das águas continuem baixando até o início de novembro. Ontem, Manaus já havia atingido a marca de maior seca de 2023 com a cota de 13,59 metros.

Segundo o Porto de Manaus, que mede o nível do Rio Negro desde 1902, esta é a pior seca registrada em Manaus. Até então, a maior vazante já registrada tinha sido em 2010, ano em que o Rio Negro desceu para 13,63 metros.

Desde o fim de setembro, a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência na capital. Naquele mês, o Rio Negro media pouco mais de 16 metros, três metros a mais do que o registrado atualmente.

Ajuda humanitária

Até o final desta semana, a Prefeitura de Manaus terá atendido cerca de 20 mil pessoas com ajuda humanitária, o que representa mais de 5,3 mil famílias moradoras de comunidades isoladas pela estiagem histórica deste ano. A afirmação é do prefeito David Almeida, em entrevista à rádio Bandeirantes, nesta segunda, 16/10. Ele destacou, ainda que 62 comunidades rurais localizadas entre os rios Negro e Amazonas, no entorno da capital, fazem parte desta primeira fase das ações municipais.

A mais de 5,3 mil famílias já foram beneficiadas até o momento, com a distribuição de 6.040 cestas básicas e itens de higiene, como ainda com 60 mil litros de água potável, sobretudo, para as comunidades que não possuem poço artesiano ou que o poço ou o lago atendido secou por conta da vazante.

“As nossas estradas são os nossos rios. Com esta estiagem severa, a maior da história, foi necessário montar uma força-tarefa, com várias secretarias municipais, para chegar a mais de 20 mil pessoas que vivem no entorno de Manaus e têm a pesca como a sua atividade principal. Mapeamos as comunidades e ao longo desta semana atenderemos todas as comunidades rurais com ajuda humanitária levando alimentos, kits de higiene e água potável”, relatou David Almeida, ressaltando que a segunda fase das ações será de retorno às famílias já assistidas.

Uma boa notícia, disse ele, é que nas cabeceiras do rio Solimões, em Quito, no Peru, já começam a subida dos rios, com reflexo na cidade de Tabatinga (AM), que fica na tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia. Mas afirmou também que os próximos dois meses serão de muitos desafios na região.


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