SECA HISTÓRICA NO AMAZONAS AFETA MAIS DE MEIO MILHÃO DE PESSOAS

Foto: MICHAEL DANTAS / AFP

A grave seca que assola o estado do Amazonas agora atinge mais de 557 mil habitantes, segundo dados atualizados divulgados pelo governo estadual nesta segunda-feira (16). Este é o cenário mais grave de estiagem vivenciado por Manaus, a capital do estado, em mais de um século de registros.

De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, até a tarde de hoje, 50 municípios declararam situação de emergência, 10 estão em alerta e 2 ainda estão em normalidade. Em números, isso representa aproximadamente 138 mil famílias diretamente afetadas pela situação.

Números recordes também foram registrados pelo Rio Negro, que atingiu uma marca de 13,59 metros hoje, superando o recorde anterior de 2010, quando o rio chegou a 13,63 metros.

Ao longo do final de semana, o Rio Negro teve uma queda de 32 centímetros, com uma descida de 13 cm no sábado, 9 cm no domingo e 10 cm hoje, conforme dados do Porto de Manaus.

Por outro lado, enquanto Manaus presencia o acentuado rebaixamento do Rio Negro, Tabatinga vivencia o fenômeno conhecido como “repiquete” no Rio Solimões. Este fenômeno caracteriza-se pela oscilação de subida e descida das águas simultaneamente. O Proa Manaus detalhou as medidas recentes: -71 cm na segunda-feira (9), -61 cm na quarta-feira (11) e -67 cm na sexta-feira (13).

Iquitos, no Peru, enfrenta situação semelhante com o Rio Amazonas. Medindo 76,58 metros na quinta-feira (5), o rio teve uma elevação para 76,84 metros no domingo (8), mas na sexta-feira (13), voltou a cair para 76,61 metros.

A Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA), responsável pelo monitoramento dos rios Negro e Amazonas, prevê que os níveis dos rios devem continuar em declínio até o fim de outubro.



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