FURTO DE CABOS DEIXA MILHARES DE CONSUMIDORES SEM ENERGIA NO AMAZONAS
O expressivo valor do cobre no mercado em relação aos demais metais tem estimulado furtos de cabos de alta tensão. Enquanto o quilo da latinha de alumínio custa R$ 5, o quilo do cobre vale R$ 27,00. O ganho faz os criminosos fecharem os olhos para o perigo e agirem em todas as zonas da capital. O furto tem deixado milhares de consumidores sem energia e causado sérios prejuízos à concessionária.
Em 2022, foram furtados 20 quilômetros de cabo da rede de distribuição construída na AM 010, com recursos do Programa Luz para Todos. O trecho entre os quilômetros 34 e 54 da estrada estadual ficaram às escuras, causando prejuízo estimado de R$ 373 mil.
Além disso, 436 unidades consumidoras (residenciais, comerciais e as comunidades rurais dos ramais que derivam desta rede) foram afetadas pela interrupção do serviço. Cerca de 2.180 pessoas ficam sem energia por causa da ação dos criminosos.
Em maio deste ano, o furto de 750 metros de cabo de cobre isolados de energia elétrica, na subestação do Mutirão, deixou parte dos moradores da zona Norte às escuras e a concessionária com o prejuízo de mais de R$ 352 mil.
“A ação não foi um fato isolado. Em junho deste ano, na subestação da Cachoeira Grande, os criminosos apropriaram-se de 276 metros de cabo de cobre e diversos outros materiais, totalizando cerca de R$ 230 mil de prejuízo. Também foram furtados materiais das subestações de Santa Etelvina, Centro, Flores, V8, Distrito Dois e Manaus”, explicou Antônio Peixoto, engenheiro eletricista da Amazonas Energia
A concessionária reforçou o sistema de segurança com a contratação de mais vigilantes e denunciou os crimes à Polícia Civil. Até o momento, os criminosos não foram identificados, nem punidos.
Segundo Antônio Peixoto, a preferência dos bandidos é por cabos subterrâneos, de média tensão, e cabos de aterramento por serem fabricados com cobre, elemento excelente para a condução da eletricidade.
“O manuseio desses cabos por pessoas sem conhecimento já causou a morte de criminosos. Mesmo com o risco de morte eminente, eles não param de agir, causando grande inconveniente para o cliente e perda para a empresa”, relatou Peixoto.
*PORTAL TUCUMÃ
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