SECA NO AMAZONAS CRIA PROBLEMAS DE LOCOMOÇÃO PARA RIBEIRINHOS

 

Foto: Reprodução

A crítica situação do Rio Negro no Amazonas tem gerado sérias dificuldades para a população ribeirinha local, enfrentando obstáculos significativos de acessibilidade em suas comunidades. Na Marina do Davi, principal terminal público de Manaus para deslocamento a comunidades ribeirinhas como Igarapé, Tarumã Mirim, Praia da Lua e Praia do Tupé, a situação é alarmante.

Os moradores, diante da falta de condições adequadas, precisam percorrer uma ladeira íngreme e, posteriormente, caminhar quase um quilômetro atravessando lama, bancos de areia e pontes precárias de madeira para chegar aos seus destinos.

Uma das afetadas por essa dificuldade é dona Madalena Soares Fernandes, de 73 anos, moradora de Tarumã. Ela expressa sua frustração diante da situação: “É muita dificuldade, com muita areia. Está difícil de chegar em casa, está horrível”. Dona Madalena relata que essa condição persiste há quase três meses e a compara com uma seca similar em 2010, mas destaca a persistência e agravamento da situação atual.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo de chuvas intensas em Manaus e em várias regiões do Amazonas, incluindo Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. O aviso abrange diversas áreas, destacando a gravidade da situação climática.

A medida foi tomada após a recente volta das nuvens de fumaça em pontos de Manaus durante o fim de semana. No sábado, 18, a cidade foi encoberta por uma densa nuvem de fumaça, seguida por chuvas em pontos isolados, resultando em uma qualidade do ar moderada na maior parte da cidade.

Essa situação crítica ocorre em meio a uma seca severa que assola o estado do Amazonas. O Rio Negro atingiu a pior marca em 121 anos, registrando 12,7 metros no dia 26 de outubro. Embora tenha apresentado uma ligeira elevação no início de novembro, alcançando 13 metros, a última medição, registrada pelo Porto de Manaus em 17 de novembro, mostrou um recuo no volume, atingindo 12,96 metros.

Diante dessa emergência, todos os 62 municípios do estado encontram-se em situação de emergência, conforme divulgado pela Defesa Civil do Amazonas. A seca afetou cerca de 598 mil pessoas e 150 mil famílias, exigindo uma atuação urgente para amenizar as dificuldades enfrentadas pela população ribeirinha.


Am Post*

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