APESAR DE AMEAÇAS DO GOVERNO MILEI, ARGENTINOS SE ORGANIZAM PARA OCUPAR RUAS

Movimentos sociais e partidos de esquerda da Argentina programaram manifestações para esta quarta-feira (20), mesmo depois que o governo do presidente Javier Milei prometeu retaliações e impôs restrições. Essa é uma mobilização tradicional, em memória dos 39 mortos nos protestos de 19 e 20 de dezembro de 2001, ano da pior crise econômica, social e política que a Argentina já viveu.

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou, na última quinta-feira (14), que as forças de segurança federais vão intervir para impedir bloqueios de ruas e rodovias pelo país.

As pessoas podem se mobilizar, mas devem ocupar apenas as calçadas ou áreas que não atrapalhem a circulação de veículos. A medida faz parte do chamado “pacote antipiquete”, anunciado pelo governo que tomou posse em 10 de dezembro.

Bullrich disse que todas as forças federais poderão ser acionadas e que será empregada “a mínima força necessária e suficiente” para acabar com as mobilizações. Quem estiver protestando com o rosto coberto ainda poderá ser detido e encaminhado para verificação da identidade.

“Vamos agir até deixar totalmente liberado o espaço de circulação”, acrescentou.

A ministra ressaltou que, embora o ato seja um direito, também o é “respeitar o direito das pessoas de se movimentar livremente”.

Bullrich advertiu que os custos das operações de segurança serão enviados a organizações ou indivíduos responsáveis pelo planejamento dos protestos.



*D24AM

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