JUSTIÇA RETIRA EDNALDO RODRIGUES DA CBF E NOMEIA PRESIDENTE INTERINO
Foto: Lucas Figueiredo/CBF |
José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assume o cargo de maneira provisória. A Justiça determinou que haja uma nova eleição em 30 dias.
A decisão na Justiça foi unânime. O relator, Gabriel Zéfiro, e os desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese votaram pela destituição de Ednaldo Rodrigues.
A 21ª Vara de Direito Privado julgou a legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro em março de 2022, que garantiu o cargo de presidente da CBF a Ednaldo Rodrigues por um período de quatro anos.
Segundo os magistrados, o TAC seria ilegal. Isso porque o MP não teria legitimidade para interferir nos assuntos internos da Confederação por se tratar de uma entidade privada.
Entenda o caso
O MP do Rio de Janeiro moveu, em 2018, uma ação contra a CBF por entender que o estatuto da entidade não estava em acordo com a Lei Pelé. A norma previa peso igualitário entre federações e clubes de futebol. Porém, em meio ao processo, o então presidente da Confederação, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por denúncias de assédio sexual.
Ednaldo Rodrigues, que era vice-presidente à época, assumiu como interino e negociou o TAC com o MPRJ. A eleição de Caboclo foi anulada, outro pleito foi marcado, e o próprio Ednaldo acabou eleito presidente da entidade.
O questionamento dos demais vices que integravam a gestão de Caboclo é que eles não foram consultados sobre o acordo e que foram prejudicados em seu desdobramento, já que também precisaram deixar seus cargos. Além disso, alegam que o juízo de primeiro grau não tinha competência para homologar o acordo.
Fonte: Metrópoles
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