PF INVESTIGA SONEGAÇÃO DE MANSÃO DE RENATO CARIANI NO INTERIOR DE SP
Foto: Reprodução/Instagram/@renato_cariani |
Segundo o jornal O Globo, as investigações identificaram documentos relacionados ao imóvel em troca de e-mails de Cariani. A mansão teria sido comprada pelo influenciador fitness em 2012 pelo valor de R$ 470 mil.
Em depoimento, Cariani disse à polícia que a casa pertencia a um casal. Um deles era americano com cidadania brasileria e teria morrido. A família do estrangeiro não quis assumir metade do imóvel e, por isso, a venda teria sido concluída entre o influenciador e o brasileiro, dono da outra metade da propriedade.
Segundo Cariani, ele teria comprado apenas a parte do brasileiro, e a comprovação de propriedade sobre a outra parte da mansão seria feita por usucapião. A Polícia Federal, porém, apura as circunstâncias dessa aquisão.
O influenciador tem outras casas declaradas em seu Imposto de Renda. A falta dessa teria acendido um alerta na PF, levando suspeitas sobre os motivos da possível ocultação de patrimônio.
Réu por tráfico
Cariani é réu por tráfico de drogas e crimes relacionados. O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, na sexta-feira, 16, as denúncias contra ele e mais quatro pessoas. São elas, além de Cariani: Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Ferreira.
O influenciador foi investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Hinsberg, que cumpriu, em dezembro do ano passado, 18 mandados de busca e apreensão. Posteriormente, em janeiro deste ano, o influenciador foi indiciado pela PF por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas.
Cariani é um dos sócios da Anidrol, empresa de produtos químicos que estaria ligada aos desvios de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Além dela, também estaria no radar da PF a Quimietest, que não tem sede própria e seria um dos braços da Anidrol.
Segundo a Polícia Federal, as investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo.
Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de 15 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.
As investigações revelaram, ainda, o uso de interpostas pessoas e a constituição de empresas fictícias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos.
Fonte: Redação Terra
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