PF INVESTIGA SONEGAÇÃO DE MANSÃO DE RENATO CARIANI NO INTERIOR DE SP

Foto: Reprodução/Instagram/@renato_cariani
A Polícia Federal também investiga o influenciador Renato Cariani, de 47 anos, por possível sonegação de uma mansão no interior de São Paulo. O imóvel, que chegou a ser apresentado em um "tour" feito pelo influenciador no Youtube, não teria sido incluído em suas declarações de Imposto de Renda.

Segundo o jornal O Globo, as investigações identificaram documentos relacionados ao imóvel em troca de e-mails de Cariani. A mansão teria sido comprada pelo influenciador fitness em 2012 pelo valor de R$ 470 mil.

Em depoimento, Cariani disse à polícia que a casa pertencia a um casal. Um deles era americano com cidadania brasileria e teria morrido. A família do estrangeiro não quis assumir metade do imóvel e, por isso, a venda teria sido concluída entre o influenciador e o brasileiro, dono da outra metade da propriedade.

Segundo Cariani, ele teria comprado apenas a parte do brasileiro, e a comprovação de propriedade sobre a outra parte da mansão seria feita por usucapião. A Polícia Federal, porém, apura as circunstâncias dessa aquisão.

O influenciador tem outras casas declaradas em seu Imposto de Renda. A falta dessa teria acendido um alerta na PF, levando suspeitas sobre os motivos da possível ocultação de patrimônio.

Réu por tráfico

Cariani é réu por tráfico de drogas e crimes relacionados. O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, na sexta-feira, 16, as denúncias contra ele e mais quatro pessoas. São elas, além de Cariani: Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Ferreira. 

O influenciador foi investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Hinsberg, que cumpriu, em dezembro do ano passado, 18 mandados de busca e apreensão. Posteriormente, em janeiro deste ano, o influenciador foi indiciado pela PF por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas.

Cariani é um dos sócios da Anidrol, empresa de produtos químicos que estaria ligada aos desvios de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Além dela, também estaria no radar da PF a Quimietest, que não tem sede própria e seria um dos braços da Anidrol.

Segundo a Polícia Federal, as investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo.

Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de 15 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

As investigações revelaram, ainda, o uso de interpostas pessoas e a constituição de empresas fictícias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos.

Fonte: Redação Terra

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