TURISTAS TERÃO DE CARREGAR AS FEZES SE QUISEREM VISITAR FAMOSO DESTINO

 

REPRODUÇÃO

Escalar o Monte Everest é um objetivo de vida de muitos viajantes radicais. Se essa expedição está no seu roteiro de 2024, saiba que agora será preciso adicionar mais uma tarefa ao checklist da viagem: carregar o seu próprio cocô.

É isso mesmo que você leu! Viajantes que decidirem encarar a subida do pico mais alto do mundo nesta temporada precisarão se responsabilizar por seus dejetos até o fim da viagem. Isso porque o governo do Nepal, país que abriga o monte, tem tido de resolver um baita problema ambiental causado pelo excesso de resíduos orgânicos deixados pelos visitantes no local.

A iniciativa surge como uma tentativa de diminuir a poluição. Sem as novas regras esse problema provavelmente pioraria. Só no ano passado, o Nepal concedeu um recorde de 478 licenças de escalada do pico. Já nesta temporada, segundo Jinesh Sindurakar, da Associação de Montanhismo do Nepal, há a expectativa de que 1.200 pessoas escalem o Everest. Com uma média de 250 gramas de dejetos por dia, cada viajante pode produzir cerca de 3,5 kg de resíduos até o final da expedição, que dura, em média, duas semanas. Ou seja, pode dar muita m****! rs

Cada alpinista receberá dois sacos de coleta, que poderão ser usados ​​até seis vezes. Os sacos contém produtos químicos que solidificam os dejetos humanos e os tornam inodoros – serão produzidos cerca de 8 mil unidades nesta temporada.

Os esforços para reduzir o impacto do turismo nos Himalaias foram intensificados. Quase 38 mil kg de resíduos e plásticos foram removidos dos picos Everest, Lhotse, Annapurna e Baruntse por meio de uma iniciativa liderada pelo Exército do Nepal, de acordo com um jornal local. Fora o lixo, a matéria orgânica de corpos humanos que desaparecem nas montanhas também tem gerado um problema ambiental.

Para tentar diminuir o número de desaparecimentos, outra iniciativa do governo para 2024 é a exigência do uso de um chip de rastreamento para todos os visitantes, isso vai facilitar os resgates quando forem necessários.


Monte Roraima

Mas você sabia que essa prática da coleta das fezes não é inédita no mundo? Inclusive, aqui no Brasil, todos os aventureiros que arriscam escalar o Monte Roraima – localizado na Serra de Pacaraima, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana – precisam carregar o seu próprio cocô até o fim da expedição. Afinal, tudo o que entra no Monte Roraima, precisa sair.

Meu colega Sandro Kurovski recentemente encarou a subida e contou um pouco da experiência, “Esse tipo de prática é bem comum no montanhismo, é até de se espantar que tenham demorado tanto para implementar no Everest. Há lugares em que você mesmo fica responsável por coletar seus dejetos com o chamado shit tube – um tubo próprio para coletar e transportar o cocô. No Monte Roraima, por exemplo, as expedições contam com uma pessoa encarregada exclusivamente desse trabalho.”  comentou.

São armadas espécies de barracas individuais a alguns metros do acampamento principal, para garantir mais privacidade. Depois de fazer o que é preciso,  os viajantes precisam coletar o material em sacos de cal, que evitam o mau cheiro, e deixar do lado de fora da barraca

“Você faz as necessidades em um saquinho com cal e depois tudo é transportado para fora do Parque Nacional. Ao final da expedição, as fezes são pesadas e caso o volume não seja compatível com o número de pessoas no grupo, a empresa pode inclusive ser multada! Considero como uma prática saudável e muito importante para preservação da natureza e também para o bem estar dos aventureiros que vierem depois” concluiu.


FONTE: Melhores destinos

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