CRIME DE ÓDIO: HOMEM MATA CUNHADO HOMOSSEXUAL EM MANAUS

(Foto: Reprodução/Vídeo)

A Polícia Civil prendeu um homem identificado como Geovane de Souza Oliveira, de 40 anos, conhecido como “Toco”, pelo assassinato do próprio cunhado, Edilomar Pereira de Souza, de 43 anos, o “Dilo”. O crime, ocorrido no último sábado (18) no bairro Jorge Teixeira, zona Leste da capital amazonense.

Detalhes do Crime

Segundo as investigações, Geovane matou Dilo a facadas em um ato de extrema violência, na presença de familiares e vizinhos. O delegado Ricardo Cunha, responsável pelo caso, relatou que o crime foi motivado por homofobia. “Geovane, num ato de extrema violência, perda de qualquer tipo de sentido, munido de uma raiva inexplicável, mata o seu próprio cunhado ali na presença das suas famílias, na presença de várias pessoas, de moradores (…) É mais um crime ligado à homofobia, à opção sexual”, disse Cunha.

Antecedentes e Motivação

Dilo era companheiro do irmão de Geovane e morava na casa da mãe do acusado. Segundo o delegado, havia registros anteriores de conflitos entre Geovane e Dilo, incluindo boletins de ocorrência relatando xingamentos e violências verbais motivadas pela orientação sexual de Dilo.

Na madrugada do crime, Geovane foi à casa de sua mãe às três horas para confrontar Dilo. Armado com uma faca, ele iniciou uma luta corporal e aplicou vários golpes que resultaram na morte de Dilo no local. “Esse crime foi captado ali por imagens, de câmeras de segurança, de uma residência vizinha desse local. Foi em via pública, algumas pessoas presenciaram esse crime, a vítima lhe pedindo pelo amor de Deus para que aquilo parasse”, relatou o delegado.

Prisão e Depoimento

Geovane foi preso no mesmo dia no bairro Cidade de Deus e confessou o homicídio. Contudo, ele negou que a motivação tenha sido homofóbica. Em seu depoimento, Geovane alegou que matou Dilo porque ele estaria abusando financeiramente de sua mãe e vendendo objetos da casa para comprar drogas. “Ele alega que essa vítima teria pego utensílios domésticos da residência para fazer uso de entorpecentes. Entretanto, até o momento essa versão só é confirmada pelo Geovane. Os outros familiares que moram na casa disseram que não é verdade, que não houve isso”, esclareceu o delegado Cunha.


*PORTAL TUCUMÃ

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