CASO DJIDJA: JUSTIÇA MANDA SOLTAR MAQUIADOR SUSPEITO DE ENVOLVIMENTO COM GRUPO RELIGIOSO QUE USAVA CETAMINA EM RITUAIS

Divulgação

A Justiça do Amazonas mandou soltar o maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas, suspeito de ser um dos envolvidos no grupo religioso que utilizava cetamina em rituais chefiado por familiares de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido encontrada morta, em Manaus, no dia 28 de maio.

Informações obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica junto ao Poder Judiciário apontam que a decisão, que deferiu a liberdade provisória do maquiador, foi proferida nesta quarta-feira (12). A informação foi confirmada pela defesa, que também explicou que Marlisson só deve sair nesta quinta (13).

Em nota, a defesa informou que conseguiu a liberdade do maquiador, após apresentar argumentos que demonstraram que ele não preenchia os requisitos para a prisão.

"A decisão foi tomada pela justiça após análise dos fatos apresentados pela defesa, que comprovou que ele poderá aguardar o desenrolar das investigações em liberdade, tendo a oportunidade de se defender de forma adequada", diz o comunicado.

O maquiador se entregou à polícia no dia 31 de maio, um dia após a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, e o irmão dela, Ademar Cardoso, serem presos.

Segundo as investigações, Marlisson trabalhava como maquiador e era responsável por uma unidade da rede de salões de beleza administrada pela família Cardoso. Ele seria um dos responsáveis por fornecer a cetamina utilizada nos rituais e administrar a droga em usuários.

Além de Marlisson, a maquiadora Claudiele dos Santos também teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar.


Morte e investigação

Djidja foi encontrada morta dentro da própria casa, em Manaus, no dia 28 de maio. A principal suspeita é que ela teve uma overdose de cetamina.

De acordo com a Polícia Civil, ela, o irmão e a mãe, que estão presos, já eram investigados há mais de um mês por envolvimento em um grupo religioso que forçava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

Dois dias após a morte, a Polícia Civil do Amazonas deflagrou a Operação Mandrágora, que resultou na prisão de Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, além de Verônica Seixas, Claudiele da Silva e Marlisson Vasconcelos, todos funcionários da família.

De acordo com as autoridades, os presos eram responsáveis por fornecer e utilizar de maneira indiscriminada a droga cetamina, em rituais religiosos.

O grupo responde por tráfico de drogas, associação para o tráfico, por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.


G1*

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