MULHERES ACUSAM FILHO DE OLAVO DE CARVALHO DE ESTUPROS E TORTURA

(Foto: Divulgação)

Quatro mulheres entrevistadas pelo site Metrópoles nas últimas semanas afirmam ter sido vítimas de estupros, tortura física e psicológica cometidas pelo astrólogo e empresário Tales de Carvalho, filho do escritor Olavo de Carvalho e um dos proprietários da escola de cursos Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS). Os relatos incluem depoimentos de uma das ex-mulheres de Tales, Calinka Padilha de Moura, e das duas filhas mais velhas do casal, Julia Moura de Carvalho e Ana Clara Moura de Carvalho. 

De acordo com a reportagem, Tales de Carvalho chegou a ter quatro mulheres ao mesmo tempo, sob o mesmo teto. A primeira a se casar com Tales foi Calinka de Moura, em setembro de 1997, quando ela tinha 18 anos e ele, 22. Hoje, ela tem 46, e ele, 50. Os dois eram budistas à época, mas o astrólogo converteu-se ao islamismo em 1998 e convenceu a mulher a fazer o mesmo. Naquele tempo, os dois moravam em São Paulo, conviviam pouco com Olavo, já separado de Eugênia, mãe de Tales, e tinham uma vida normal na comparação com o que Calinka conta que viria depois.

Em 2003, Tales enviou um e-mail para sua esposa Calinka confessando um forte sentimento por uma jovem de 14 anos e pedindo compreensão para seu desejo de ter uma segunda esposa. Ele relatou ter visões de um futuro glorioso para todos eles, inclusive para Calinka. No final de 2006, Tales expressou o desejo de trazer a menina para morar com eles, o que levou Calinka a se separar temporariamente e voltar para Curitiba com suas filhas. Em 2007, após respeitar um período de quatro meses sem relações, Tales pediu o divórcio por telefone sob preceitos islâmicos. Calinka seguiu sua vida, mas Tales não aceitou sua independência e a pressionou a reatar o casamento sob a ameaça de não permitir que suas filhas voltassem a Curitiba.

Ao retornar para Tales, Calinka passou a enfrentar dois anos e meio de agressões e torturas constantes. Tales, inconformado com a vida de solteira de Calinka, começou a agredi-la para obter detalhes desse período. Ele utilizava um fio de telefone molhado para chicoteá-la, causando dor sem deixar marcas visíveis, e ameaçava com atos de extrema crueldade. A outra esposa de Tales também sofria torturas semelhantes. Tales justificava suas ações como uma forma de purificação prevista pelo Islã, embora líderes religiosos, como o Sheikh Mohamad Al Bukai, afirmem que tais práticas não têm base no islamismo e que a bondade é representada pelo bom tratamento à esposa.

Calinka conta que um dos piores momentos das sessões de tortura era quando Tales as obrigava a assistir a vídeos de crianças sendo estupradas. Meninos e meninas com menos de dois anos. O empresário, excitado com as cenas, teria o hábito de, na sequência, estuprar e sodomizar Calinka. Essa, porém, não seria a única conexão do empresário com o universo da pornografia infantil.

As duas filhas de Tales entrevistadas pela coluna, Julia e Ana Clara, hoje com 26 e 24 anos, respectivamente, relataram ter encontrado no computador do pai, ainda crianças, vídeos de estupros de meninos e meninas.


*Fonte: Portal Tucumã 

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