BRASIL DEIXA LISTA DE PAÍSES COM MAIS CRIANÇAS NÃO VACINADAS, APONTA UNICEF

Segundo o relatório, o número de crianças brasileiras que não receberam a 1a dose da DTP (difteria, tétano e coqueluche) caiu de 687 mil em 2021 para 103 mil 2023. Cristine Rochol/PMPA
O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o relatório, o número de crianças brasileiras que não receberam a 1⁠ª dose da DTP (difteria, tétano e coqueluche) caiu de 687 mil em 2021 para 103 mil 2023.

Já as que não foram vacinadas com a 3⁠ª dose da DTP, teve queda de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023.

Em 2021, o Brasil estava no 7° lugar do ranking de 20 países, mas deixou a relação no ano passado.

A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, defendeu ser preciso continuar avançando com uma rápida imunização das crianças, principalmente as mais vulneráveis.

“Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias, muitas em situação de vulnerabilidade, estão – incluindo escolas, CRAS e outros espaços e equipamentos públicos”, afirma.

Resultados globais
O mundo foi diferente do Brasil e aumentou a quantidade de crianças não vacinadas no último ano. Em comparação com os níveis de 2019, a cobertura global resultou em 2,7 milhões a mais em 2023 com incompleta ou sem imunização.

O número de crianças que recebeu três doses da DTP no ano passado estagnou em 84%, representando 108 milhões de pessoas.

Porém, aumentou em 600 mil a quantidade das que não receberam uma única dose da vacina, chegando a 14,5 milhões em 2023.

Mais da metade das crianças não vacinadas vive em 31 países com cenários frágeis, afetados por conflitos e vulneráveis, onde as crianças são especialmente vulneráveis a doenças devido à falta de acesso à segurança, nutrição e serviços de saúde.

O levantamento foi feito com dados de 185 países sobre tendências de imunização contra 14 doenças administradas em clínicas, centros comunitários, serviços de extensão ou visitas de trabalhadores de saúde.

*CNN

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