AMAZON LEVA E-COMMERCE PARA RIBEIRINHOS E TRANSFORMA A VIDA DE FAMÍLIAS AMAZONENSES

 

DIVULGAÇÃO/AMAZON

A Amazon está em processo de expansão para todo o Brasil, e nos planos da multinacional norte-americana estão incluídas as comunidades ribeirinhas do Amazonas (AM). Rafael Caldas, líder da Amazon Logistics Brasil, em entrevista ao acritica.com nesta semana, detalhou que um projeto-piloto foi desenvolvido na comunidade do Catalão, situada na zona rural do município de Iranduba (distante 27 quilômetros de Manaus), para operacionalizar as entregas para essa população.

Com essa iniciativa, as 86 famílias que vivem na comunidade flutuante podem comprar no site da Amazon com a garantia de que os produtos serão entregues em até dois dias. Para a logística na entrega, a multinacional utiliza uma voadeira que sai do Porto da Ceasa, situado no bairro Vila Buriti, zona Sul de Manaus.

“A nossa mão de obra é toda local. Contamos com a sabedoria de quem conhece a realidade do lugar” - Rafael Caldas, líder da Amazon Logistics Brasil

Caldas detalhou que o projeto-piloto está em fase de análise dos resultados e pontuou que a dificuldade está no custo do serviço, uma vez que a empresa  busca oferecer o mesmo serviço de entrega sem altos custos para o cliente e com a mesma qualidade e rapidez do restante do Brasil.

“Esse projeto está em andamento desde novembro de 2022. E recebemos feedbacks positivos, inclusive da dona Rai, líder da comunidade”, disse Caldas.

A Amazon comercializa no site diversos produtos, desde o mais recente lançamento de eletrônicos até produtos do dia a dia. Raimunda Ferreira de Viana, dona Rai, liderança da Associação Comunitária e Agrícola do Lago Catalão, celebrou o sucesso do projeto da multinacional. “Fiz o meu pedido e vai chegar na minha porta. Isso é novidade. A Amazon chegou e está lá. E está nos ajudando a facilitar nossa vida”, disse em vídeo.

Por meio do projeto-piloto desenvolvido no Catalão, foi possível ver a realidade de quem vive sob o rio Negro. “Nós fizemos uma parceria muito grande com os moradores do Catalão, ouvimos as maiores necessidades deles e é a água potável, por incrível que pareça. Buscamos parceiros para poder levar água potável, e juntos fizemos um poço artesiano para ter água potável para essas famílias”, finalizou.


Polos

Somado ao processo de inclusão das comunidades de difícil acesso no Brasil, a Amazon alcançou a marca de 100 polos logísticos no país. A maioria está concentrada na região Sudeste do território nacional, que abriga 59 polos e onde já foram investidos mais de R$ 1 bilhão. Na região Norte, seis novos polos foram abertos, sendo dois em Manaus.


DIFICULDADES LOGÍSTICAS

Um dos principais obstáculos logísticos na Amazônia é a infraestrutura limitada. A região é notoriamente carente de rodovias pavimentadas e em boas condições. Muitas estradas são de terra, o que as torna intransitáveis durante a estação chuvosa. Além disso, a manutenção dessas vias é um desafio contínuo devido às condições climáticas extremas e à vasta extensão das áreas a serem cobertas.

As poucas rodovias que existem não conseguem atender de forma eficaz às necessidades de transporte da região. A BR-319, por exemplo, que liga Manaus a Porto Velho, é uma das poucas estradas que conectam a capital amazonense ao restante do país por terra, mas suas condições precárias e os constantes problemas de manutenção representam um gargalo logístico significativo.

Devido à limitação das estradas, o transporte fluvial é a principal via de deslocamento na Amazônia. As grandes bacias hidrográficas, como a do Rio Amazonas e seus afluentes, são as artérias que sustentam o movimento de mercadorias e pessoas. Contudo, essa dependência do transporte aquático também traz seus desafios. Os rios da Amazônia, embora extensos, possuem trechos perigosos e de difícil navegação, especialmente durante as cheias, quando as correntezas se intensificam e o nível da água pode tornar algumas rotas intransitáveis.

O transporte aéreo, apesar de ser uma alternativa, é caro e inacessível para grande parte da população. Além disso, a região carece de aeroportos com infraestrutura adequada para receber voos comerciais de grande porte, o que limita ainda mais as opções logísticas.



A CRÍTICA*

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