BRASIL PERDE DOS EUA EM JOGO ELETRIZANTE E VAI BRIGAR PELO BRONZE NO VÔLEI NA OLIMPÍADA
Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP |
Se a seleção brasileira feminina de vôlei ainda não havia passado grande aperto nos Jogos Olímpicos de Paris, toda a emoção e nervosismo ficaram reservados para a semifinal contra os Estados Unidos, nesta quinta-feira. Um jogo eletrizante e de alto nível não terminou com final feliz para as brasileiras: perderam no tie-break para os Estados Unidos (23-25, 25-18, 15-25, 23-19 e 11-15), que avançaram à disputa do ouro. O Brasil disputará o bronze, contra Turquia ou Itália.
O jogo era um novo encontro entre brasileiras e americanas após a final dos Jogos de Tóquio-2020 (também decidiram Pequim-2008 e Londres-2012, com vitórias brasileiras), que terminou com ouro dos Estados Unidos. No retrospecto das últimas duas décadas em grandes competições, as americanas abriram 6 a 5 em vitórias no mata-mata sobre o Brasil.
Plummer foi a maior pontuadora do jogo, com 26 pontos (23 de ataques, 2 de bloqueio e 1 de saque). Skinner (19) e Drews (18) seguiram a pontuação americana. Do lado brasileiro, Ana Cristina marcou 24 (22 de ataque e 2 de bloqueio). Gabi ainda marcou 16 e Rosamaria, 14.
O jogo
O jogo começou sob tensão. As americanas chegaram a abrir 5 a 0 e Zé Roberto pediu tempo. As brasileiras não conseguiam passar dos bloqueios. Mas foi justamente um bloqueio, de Tainara (8 a 5), que colocou o Brasil no jogo. O time de Zé Roberto se defendeu bem, mas não matou os pontos em contra-ataques. Plummer, segunda melhor pontuadora (7 pontos) do set, terminou com 2 de bloqueio.
A estratégia das americanas era de forçar o saque em Ana Cristina. Reagiu com o apoio de Nyeme e Gabi — que defendia bem o fundo de quadra, apesar das dificuldades no ataque. O Brasil reagiu com a entrada das centrais no jogo, bem acionadas por Macris, outra que mudou o cenário. Foi num bloqueio de Carol, um dos 7 no primeiro set, que viraram pela primeira vez, um 16-15. Mas uma sucessão de erros de contra-ataque ajudaram os Estados Unidos a fechar em 25-23, o primeiro set perdido pelo Brasil na competição.
Na segunda parcial, as brasileiras equilibraram o jogo. E tomaram conta do placar a partir da metade, crescendo no bloqueio. Mesmo com erros preciosos no contra-ataque, fecharam o segundo set com volume de jogo. E Ana Cristina desencantou. Ela, que estava marcada no início do jogo, chegou aos 15 pontos. No set, o Brasil fez 19 pontos de ataque, três de bloqueio, um de saque e dois em erros do rival. Chegou aa abrir 16-10, mas viu as americanas ameaçarem a tranquilidade em bom momento de Drews, que marcou 5 pontos de ataque. A seleção brasileira fechou em 25-18.
A seleção dos Estados Unidos tomou conta do terceiro set. Foram 13 pontos de ataque e 4 de bloqueio (contra nenhum do Brasil), que envolveram as brasileiras. Plummer fez 7 pontos e liderou as americanas. Rosamaria fez 5, mas o Brasil sentiu falta de um bom momento de Gabi.
A capitã entrou de fato no jogo na última parcial. Passou a virar mais bolas, fez 7 pontos e o Brasil encontrou espaço na defesa americana. Também contou com uma série de erros das rivais e com mais uma grande exibição de Ana Cristina, que marcou 6 e chegou a 21 no jogo. No tie-break, Rosamaria e Gabi chamaram a responsabilidade, enquanto Zé Roberto reforçava o fundo de quadra com Natinha. Mas o Brasil não conseguiu fazer frente ao ataque americano, que abriu 11-8 e logo caminhou para fechar o jogo e ir à final.
*Extra
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