‘SE EU NÃO FIZESSE, NÃO PODIA BRINCAR’, DIZ CRIANÇA ESTUPRADA POR PADRASTO EM MANAUS

 

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A Polícia Civil divulgou na manhã desta terça-feira (6) a prisão de um padrasto de 37 anos, acusado de estuprar a enteada de apenas oito anos. O crime ocorreu na última segunda-feira (5) no bairro Zumbi, zona Leste de Manaus.

De acordo com o depoimento da vítima, ela era forçada a manter relações sexuais com o padrasto para obter permissão dele para brincar.

A delegada Juliana Tuma relatou que o flagrante foi realizado pela própria esposa do acusado e mãe da vítima. Ela encontrou a filha nua, deitada ao lado do suspeito em um quarto separado da casa.

A mãe, ao acordar durante a madrugada e perceber a ausência do marido e da filha no quarto, levantou-se para procurá-los. Estranhou ao ver a porta do segundo quarto fechada.

“Ela abriu a porta de um dos cômodos da casa e viu a criança de oito anos, com compleição física bem pequena, deitada na cama totalmente despida, ao lado do suspeito em uma situação constrangedora”, explicou a delegada.

Chocada com a cena, a mãe confrontou o marido, que fugiu do local. Ela imediatamente procurou a delegacia com a filha. Inicialmente, a menina negou o estupro, mas durante uma escuta especializada, revelou que era obrigada a realizar atos sexuais para poder brincar.

“A menina contou que já havia sido abusada outras vezes pelo suspeito, e que ele dizia que não a deixaria brincar se ela não fizesse o que ele queria”, acrescentou a delegada Juliana Tuma.

O suspeito foi preso na indústria onde trabalha, no Distrito Industrial. Ele negou as acusações, alegando que a menina estava nua porque havia acabado de tomar banho.

A delegada destacou que, apesar dos abusos, a menina ainda demonstrava compaixão pelo padrasto e se sentia culpada, já que a mãe tem outros dois filhos com o acusado.

“A criança apresentava um sentimento de culpa, dizendo: ‘O tio não vai mais morar com a gente’. Isso é muito comum em casos de abuso sexual, onde a vítima infantil se sente responsável pela desestruturação familiar, uma culpa que não lhe cabe. Durante a escuta especializada, ela contou que foi estuprada cerca de dez vezes, mostrando ser uma criança muito inocente”, finalizou a delegada.




FONTE: PORTAL TUCUMÃ

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