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Reprodução/ Instagram |
Um vídeo viral com mais de 20 milhões de visualizações nas redes sociais levantou questões entre motoristas ao mostrar um condutor aparentemente controlando o funcionamento de semáforos com o uso de um simples dispositivo. Nas imagens, o motorista utiliza uma caneta capaz de detectar tensão elétrica, e, de forma curiosa, os semáforos parecem mudar de cor em sincronia com o uso da caneta. No entanto, especialistas rapidamente desmentiram a ideia, explicando que esse tipo de dispositivo não tem a capacidade de alterar o funcionamento de semáforos, que operam por programação e não são afetados por sinais elétricos externos.
Veja vídeo:
O vídeo e as dúvidas dos internautas
No vídeo em questão, o motorista exibe uma caneta detectora de tensão elétrica enquanto espera em um semáforo. Ao acionar o dispositivo, o semáforo aparentemente muda de vermelho para verde. O fenômeno, gravado em vídeo, surpreendeu muitos usuários, que começaram a especular se um dispositivo tão simples poderia realmente interferir na operação dos semáforos. As imagens viralizaram rapidamente, acumulando milhões de visualizações e comentários.
Muitos internautas ficaram intrigados com a possibilidade de controlar o tráfego utilizando um objeto de uso cotidiano. Gerando uma onda de debates e até preocupações entre motoristas e pedestres. Contudo, a explicação técnica para o ocorrido foi rapidamente fornecida por especialistas na área de eletrônica e programação de sistemas de tráfego. Que desmentiram a eficácia do dispositivo mostrado no vídeo.
A análise dos especialistas
De acordo com Leila Bergamasco, professora de Ciência da Computação na FEI. A ideia de que um dispositivo simples como uma caneta detectora de tensão elétrica poderia alterar o funcionamento de um semáforo é impossível, principalmente no Brasil. “Tem muitas variáveis nessa situação. Depende muito da tecnologia utilizada no semáforo. Aqui no Brasil, por exemplo, utilizamos dispositivos sem conectividade externa Wi-Fi. Com isso, esse semáforo não pega sinal enviado por esse dispositivo que aparece no vídeo”, explicou Leila.
Ela também apontou que, mesmo que o semáforo tivesse algum tipo de conectividade. Seria extremamente difícil que uma caneta como a do vídeo pudesse se conectar e enviar comandos em um período tão curto de tempo. Além disso, o processo de autenticação e reconhecimento necessário para alterar a programação do semáforo tornaria o cenário ainda mais improvável.
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