AMAZONAS ENFRENTA SECA EXTREMA E SE APROXIMA DA PIOR ESTIAGEM DA HISTÓRIA

 

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O Amazonas enfrenta uma crise hídrica sem precedentes em 2024, com uma seca severa que já afeta mais de 330 mil pessoas e colocou todos os 62 municípios do estado em estado de emergência. A seca, que chegou de forma antecipada, está prejudicando a economia local e isolando comunidades, com impacto severo nos níveis dos rios, como o Rio Negro e o Rio Solimões.

De acordo com o sistema de monitoramento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a maior parte do estado está em “seca extrema”, enquanto outras áreas enfrentam “seca grave”. Renato Senna, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), alerta que a atual estiagem pode se tornar uma das mais severas já registradas, devido a padrões anômalos na precipitação e aos efeitos prolongados do fenômeno El Niño.

A seca está afetando a logística e a economia da região, com grandes desafios para a produção extrativista e impactos na navegação. O nível do Rio Negro em Manaus caiu para 18,50 metros, 4,15 metros abaixo do mesmo período do ano passado, enquanto o Rio Solimões registrou o nível mais baixo da história em Tabatinga. O Rio Madeira também viu uma redução histórica, interrompendo as operações da Hidrelétrica de Santo Antônio.

Além da crise hídrica, o estado enfrenta o pior agosto em queimadas dos últimos 26 anos, com municípios como Apuí, Lábrea e Novo Aripuanã liderando o índice de incêndios. As queimadas têm criado “ondas de fumaça” que têm encoberto Manaus e outras localidades, exacerbando a situação.

O governador Wilson Lima assinou um decreto de emergência em saúde pública e ambiental devido à seca e às queimadas. A situação tem levado a medidas emergenciais para enfrentar a estiagem, que está comprometendo a infraestrutura e a qualidade de vida dos amazonenses.



 AM POST*

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