LULA DEMITE MINISTRO SILVIO ALMEIDA APÓS DENÚNCIAS DE ASSÉDIO SEXUAL

Foto: André Borges/EPA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu nesta sexta-feira (6) o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após denúncias de assédio sexual. A decisão foi tomada após o caso ser revelado pela coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles.

Em nota oficial, o Palácio do Planalto informou que o presidente Lula considerou “insustentável” a permanência de Almeida no cargo, diante da gravidade das acusações. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, afirmou o comunicado. A nota também ressaltou que o governo federal mantém seu compromisso com os direitos humanos e não tolera nenhum tipo de violência contra as mulheres.

Mais cedo, Lula já havia sinalizado a demissão em entrevista à Rádio Difusora Goiana. “Eu não posso permitir que tenha assédio. Mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, afirmou o presidente.

Silvio Almeida, entre outras acusações, foi relacionado a um suposto caso de assédio envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A organização Me Too Brasil, que dá apoio a vítimas de violência sexual, afirmou ter recebido relatos de mulheres sobre condutas impróprias do ex-ministro.

Almeida negou categoricamente as acusações, alegando que são “mentiras” e anunciou que acionaria a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça para investigar a denúncia. Em sua defesa, ele declarou: “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim […] em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.”

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República já abriu um procedimento preliminar para apurar as denúncias, e a Polícia Federal (PF) também instaurou um inquérito para investigar o caso.


*Fonte: Portal Tucumã 

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