ATERRO DE TERRENO PODE TER RESULTADO EM DESBARRANCAMENTO EM PORTO DE MANACAPURU, APONTA AVALIAÇÃO

 

Área do porto da Terra Preta que sofreu desbarrancamento, em Manacapuru (Foto: Daniel Brandão)

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão realizando uma avaliação pós-desastre no Porto de Terra Preta, em Manacapuru, que desmoronou na última segunda-feira (7). O objetivo é identificar se ainda há riscos na área que sofreu o deslizamento de terra, além de determinar os processos que desencadearam o desastre.

De acordo com o pesquisador do SGB e coordenador da equipe, geólogo Marco Antônio Oliveira, nas primeiras avaliações feitas na manhã desta quarta-feira (9), a constatação inicial é de que o terreno em que ocorreu o desastre trata-se de uma área aterrada sobre a várzea.

Oliveira acrescentou que os trabalhos devem continuar amanhã, quando será realizado um levantamento batimétrico no rio. O objetivo é identificar o volume de terra mobilizado e se a dinâmica do rio influenciou de alguma forma o deslizamento de terra naquela região.

“Então, um grande aterro foi feito ali para a construção do porto, e esse aterro é que ruiu, mobilizando um volume aproximado de 2 milhões de metros cúbicos, um volume bastante grande. A pergunta é saber se realmente atingiu apenas o aterro ou se houve também um problema de ruptura na base do aterro, ou seja, na praia da várzea”, destacou o pesquisador.

Marco Antônio explicou que o estudo utiliza equipamentos específicos como drone, ecobatímetro, além de uma inspeção visual em todo o terreno, avaliações capazes de identificar alguns fatores que desencadearam esse tipo de movimento de massa. Segundo ele, o relatório final estará pronto daqui a 30 dias, com um laudo identificando quais fatores contribuíram para o deslizamento de terra e se ainda há risco de novos deslizamentos na área atingida pelo desastre.



A CRÍTICA*

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