GOLPISTA SEDUZIA ATLETAS COM DEFICIÊNCIA PARA ROUBAR DINHEIRO DELES

 

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A golpista que vem aliciando alunos de uma escola não-governamental de educação física, voltada para pessoas com deficiência no Distrito Federal, tem várias técnicas de abordagem. Para alguns rapazes, ela chegava a falar que queria namorar com eles, para obter confiança e, em seguida, cometer os golpes.

O Metrópoles revelou o caso nessa segunda-feira (7/10). Segundo os alunos e familiares, há cerca de três meses, uma mulher vem aliciando os rapazes e se aproveitando do fato de serem pessoas com deficiência intelectual para ludibriá-los e arrancar dinheiro deles. As vítimas procuraram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para pedir atuação das autoridades.

A autora seria uma jovem de 23 anos. Ela teria conseguido adentrar em um grupo de WhatsApp dos alunos e anotado os números dos rapazes para conversar diretamente com eles. Além de mexer com o emocional de alguns dos atletas, dizendo que queria namorar com eles, ela oferecia emprego a outros, dizendo que precisava de documentos pessoais e dados sensíveis para fazer um cadastro.

Os jovens praticam futebol no centro de treinamento duas vezes por dia. Foi o professor deles quem soube primeiramente dos golpes, porque vários alunos o procuraram para relatar que haviam sido abordados por uma garota. Ele, então, marcou uma reunião com as famílias na última quarta-feira (2/10) e revelou o caso aos responsáveis.

A mãe de um rapaz de 27 anos conta ao Metrópoles que a suspeita conseguiu fazer com que o filho fizesse dois empréstimos de 15 mil cada, em bancos diferentes. “Ela foi na casa dele, no Itapoã, foi até o banco, convenceu ele a fazer um cartão de crédito e um empréstimo, alegando que aquilo seria necessário para uma vaga de emprego e que devolveria o dinheiro posteriormente”, explica.

“Ela se aproveitou de que meu filho não conseguiu desconfiar de nada e pegou o celular dele para criar contas em bancos digitais, conseguindo transferir mais dinheiro para contas dela e fazer outro empréstimo de 15 mil reais”, afirma a mãe.

Em outro caso, um rapaz de 28 anos também foi abordado. Ele, porém, conseguiu desconfiar das mensagens recebidas e mostrar para a mãe antes de responder a suspeita. “Ele me trouxe o celular dele e disse: ‘Mamãe, tem uma moça pedindo para eu fazer um cadastro’. Eu disse: ‘Ah, filho, deleta que é golpe’”, relembra a mulher.

Chocada com a frieza dos golpes, a mãe lamenta o fato de a suspeita ter se aproveitado da vulnerabilidade de pessoas com deficiência. “Foi de uma maldade gigante. Esses meninos são super carentes, porque, às vezes, não têm uma inserção correta na sociedade. Alguns deles nunca namoraram”, lamenta.

“A nossa vida é tão desafiadora, nós abrimos de mão de tantas coisas para cuidar de nossos filhos… acabamos de passar pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e recebemos isso de presente.”

A 6ª Delegacia Polícia (Paranoá) investiga o caso.




METRÓPOLES*

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