PRESIDENTE DA AMAZONASTUR, IAN RIBEIRO, ASSUME COMANDO DO QG DO CRIME EM PARINTINS
Com a queda dos principais comandantes do QG do Crime, formado por secretários do primeiro escalão do Governo do Estado do Amazonas, os organizadores do sistema operacional, que visa beneficiar a campanha da candidata Brena Dianná, continuam atuando. O presidente da Amazonastur, Ian Ribeiro, chegou a Parintins na última segunda-feira e está hospedado no Hotel Amazon River, de onde comanda reuniões com equipes que estão visitando bairros e comunidades rurais do município.
Ian Ribeiro substitui Armando do Valle, Marcos Apollo e Fabrício Barbosa, que foram flagrados no maior escândalo eleitoral da história de Parintins. Sem publicar fotos nas redes sociais, ele e sua equipe estiveram, na noite de ontem, no restaurante Cuiu, e possivelmente seguiram, na manhã de hoje, para uma das comunidades rurais.
Com o alto investimento feito na contratação de milícias, associação ao tráfico de drogas, uso de hackers internacionais e o forte esquema de utilização da Polícia Militar, que chega a recorrer à violência para coagir eleitores a votarem na candidata do governo, o Estado demonstra que a intenção é manter o apoio à Brena Dianná a qualquer custo.
A presença do presidente da Amazonastur em Parintins, dando continuidade às ações do QG do Crime, revela que o governador Wilson Lima está ciente da operação, já que mais um secretário de seu governo assume o comando de uma ação que continua em curso.
Abordagens arbitrárias
Embora a ROCAM tenha sido retirada da operação, o governo enviou outros policiais militares de Manaus, que continuam agindo de forma arbitrária contra os cidadãos da cidade. Na manhã de ontem, Chiquinho Vasconcelos, que já havia sido abordado pela ROCAM há dois meses, voltou a ser alvo de um aparato de policiais armados. Um dos advogados da coligação, ao sair do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), presenciou a abordagem irregular e questionou os policiais, que alegaram que o empresário estava sem capacete. “Vocês estão fazendo uma abordagem seletiva, porque várias pessoas estão passando sem capacete e só ele foi abordado”, afirmou o advogado.
Os policiais, por sua vez, apenas responderam: “Acham que aqui é a ROCAM? Aqui é o Estado”. O caso foi denunciado à Justiça Eleitoral de Parintins.
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