TORCIDA ORGANIZADA DO PALMEIRAS NEGA ENVOLVIMENTO EM EMBOSCADA
A Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, publicou uma nota oficial nesta segunda-feira (28) negando qualquer envolvimento na emboscada contra o ônibus da torcida cruzeirense Máfia Azul, que resultou na morte de José Victor de Miranda, de 30 anos, e deixou ao menos 20 feridos. O ataque aconteceu por volta das 5h de domingo, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo. Na ocasião, os torcedores do Cruzeiro retornavam de Curitiba, onde o clube foi derrotado pelo Athletico Paranaense por 3 a 0 pelo Campeonato Brasileiro. No mesmo dia, o Palmeiras empatou com o Fortaleza por 2 a 2 no Allianz Parque, em São Paulo.
Na nota publicada nas redes sociais, a Mancha Alvi Verde expressou condolências à família de José Victor e repudiou o ato de violência. “Lamentamos profundamente mais esse triste acontecimento e manifestamos nossa solidariedade e consternação aos familiares da vítima, repudiando com veemência tais atos de violência. Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente”, declarou a torcida, afirmando que não se responsabiliza por atos isolados de “cerca de 50 torcedores”.
A torcida ainda reiterou seu compromisso com a convivência pacífica e ofereceu colaboração total às autoridades para auxiliar na identificação dos responsáveis pelo ocorrido.
Investigação e possível motivação
A emboscada teria sido uma retaliação a um ataque realizado por torcedores do Cruzeiro contra palmeirenses em 2022, segundo vídeos de torcedores que circulam nas redes sociais. Após o ocorrido, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi acionado para identificar e investigar os possíveis responsáveis pela agressão ao ônibus da Máfia Azul. A Polícia Civil de São Paulo avalia a responsabilização dos suspeitos por homicídio, incêndio, associação criminosa e lesão corporal.
Jarbas Soares, procurador-geral de Justiça de Minas Gerais e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, comentou o episódio em suas redes sociais, declarando: “Esses falsos torcedores são criminosos e não representam a torcida do Palmeiras, de tantas glórias”.
Atuação do Ministério Público
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, também ordenou a intervenção do Gaeco, afirmando em nota que algumas torcidas organizadas atuam como “facções criminosas”, o que justifica a atuação do grupo especializado. “O episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade”, afirmou o procurador, reiterando o compromisso do Ministério Público de São Paulo com uma resposta rigorosa aos envolvidos.
Desdobramentos
O corpo de José Victor de Miranda deve chegar a Sete Lagoas, região metropolitana de Belo Horizonte, nesta segunda-feira, onde será velado e sepultado.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
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