VEJA O QUE SE SABE SOBRE O ATAQUE A TORCEDORES DO CRUZEIRO EM SP

Foto: Reprodução / Redes Sociais


A morte de um torcedor cruzeirense em uma emboscada executada por supostos membros da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, chamou atenção de autoridades e da população, neste domingo (27). Ao menos outras 17 pessoas ficaram feridas. Veja o que se sabe sobre o caso até o momento.

Vítimas e feridos

O ônibus que transportava os cruzeirenses, que voltavam de Curitiba após a partida contra o Athletico Paranaense, foi interceptado por um grupo de agressores que havia espalhado miguelitos, uma espécie de prego, na pista para furar os pneus do veículo. Os criminosos arremessaram rojões e bombas caseiras contra o ônibus, que foi incendiado. Os criminosos atacaram os torcedores com barras de ferro e madeira. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a brutalidade do ataque, com torcedores sendo espancados e humilhados.

José Victor Miranda, de 30 anos, membro da torcida organizada Máfia Azul, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele teve ferimentos causados pelo incêndio do coletivo, que ficou destruído. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 15 pessoas, incluindo José Victor, foram levadas para o Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, e outras três para o Pronto Socorro de Franco da Rocha. Entre os feridos, há sete casos de traumatismo craniano e um homem atingido por disparo de arma de fogo no abdômen.

Contexto do crime

A Polícia Civil investiga a motivação do crime, mas a principal hipótese é que o ataque seja uma retaliação a um confronto entre as torcidas ocorrido em setembro de 2022, em Carmópolis de Minas, a 125 km de Belo Horizonte. Na ocasião, o presidente da Mancha Verde, Jorge Luís, foi espancado.

A PRF estima que cerca de 120 pessoas participaram do ataque. Ninguém foi preso até o momento.

 

Repercussão e posicionamentos

A violência gerou grande repercussão e indignação. Cruzeiro e Palmeiras emitiram notas condenando o ato e pedindo que os responsáveis sejam punidos com rigor. A Federação Mineira de Futebol (FMF) também se manifestou, repudiando a violência e cobrando medidas efetivas para garantir a segurança dos torcedores. A reportagem tenta contato com a diretoria das torcidas envolvidas.

“A morte e os ataques a torcedores do Cruzeiro em SP são inadmissíveis. Estamos trabalhando com o Ministério Público de São Paulo para identificar os homicidas e puni-los. Futebol é alegria. Esses falsos torcedores são criminosos e não representam a torcida do Palmeiras, de tantas glórias“, escreveu Jarbas Soares, chefe do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais).

Veja a íntegra da nota da FMF:

“A Federação Mineira de Futebol repudia veementemente os atos de violência ocorridos contra a torcida do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, estado de São Paulo. Segundo a PRF, os envolvidos no crime fazem parte de uma torcida organizada que é rival e fizeram um emboscada ao ônibus dos cruzeirenses que retornava do jogo em Curitiba.Acreditamos que o futebol deve promover a união, a celebração do esporte e o respeito entre adversários, nunca a violência. Reiteramos nossa esperança por um ambiente de segurança para todos os torcedores, dentro e fora dos estádios, e esperamos que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados.Desejamos boa recuperação para os cerca de 20 feridos e lamentamos profundamente a morte de um torcedor do Cruzeiro. Esperamos que essas cenas de crime e guerra parem de ocorrer no futebol brasileiro”.

Veja a íntegra da nota do Cruzeiro:

“O Cruzeiro lamenta profundamente mais um episódio de violência entre torcedores, desta vez durante a madrugada, na rodovia Fernão Dias, que culminou com a morte de um cruzeirense e vários feridos. Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos.”

Veja a íntegra da nota do Palmeiras:

“A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor”.

Fonte: R7

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