AÇAÍ PODE ACELERAR RECUPERAÇÃO MUSCULAR PÓS TREINO HIIT


REPRODUÇÃO

De Norte ao Sul, o açaí é um alimento bastante consumido no Brasil. A fruta, nativa da região amazônica, se popularizou e ganhou destaque na rotina dos brasileiros. Seja consumido in natura ou misturado com açúcar, farinha, granola ou outras frutas, o açaí possui diversas propriedades nutritivas, sendo rico em vitaminas, minerais, fibras e, até, antioxidantes. 

Pensando nisso, o professor da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, Dr. Mateus Rossato e o mestrando Gabriel Aguiar resolveram estudar os benefícios antioxidantes do açaí como catalisador para a recuperação do tecido muscular após o treino HIIT. Segundo o estudo, que avaliou os danos musculares em 24 candidatos durante 5 dias de treino HIIT, a musculatura dos participantes que consumiram o açaí foi menos prejudicada em relação aos participantes que tomaram o placebo.

 O treinamento intervalado de alta intensidade, do inglês,  High Intensity Interval Training (HIIT) consiste em um tipo de treino físico que intercala períodos de intensidade alta com baixa, como no caso do estudo, 10 sessões de corrida de 60 segundos, seguidas de caminhada de 75 segundos. Cada membro de um grupo de participantes da pesquisa consumiu 250ml de açaí antes do treino HIIT, enquanto outro grupo consumiu placebo, ambos por cinco dias, totalizando 1250 ml da polpa da fruta. Segundo o Dr. Rossato, os resultados do estudo sugeriram danos menores nos participantes que consumiram o açaí.

“Ambos os grupos, quem tomou açaí e quem não tomou nada, fizeram a sessão de HIIT e houve danos musculares, ou seja, o treino HIIT machuca o músculo. No entanto, foi observado que quem tomou açaí teve um dano muscular menor”, ressaltou o Dr. Rossato. 

Esse efeito de redução de dano muscular é percebido porque o açaí possui propriedades antioxidantes, que aceleram a recuperação do tecido muscular lesionado devido à oxidação causada pelos radicais livres após microlesões musculares. Funciona assim: Quando fazemos exercícios de HIIT ou musculação, causamos microlesões nas fibras musculares. Essas lesões liberam radicais livres. 

Radicais livres são moléculas instáveis que danificam as células e o DNA, enquanto antioxidantes são substâncias que neutralizam esses radicais e protegem o organismo, como é o caso do açaí. A fruta, rica em antioxidantes, age protegendo parte do tecido muscular e, quando ocorre a lesão, a recuperação se torna mais rápida devido à menor região do músculo que precisará de reparo, como afirma o pesquisador Gabriel Aguiar. 

“Qualquer exercício físico gera resíduos de radicais livres e inflama, que são coisas naturais, porém às vezes os danos sobrepassam o que o corpo é capaz de controlar, então a suplementação de açaí vem para equilibrar o sistema basal”, apontou o autor da dissertação de mestrado.  


 Atenção na nutrição

 Nutricionalmente falando, o açaí é uma fruta riquíssima em carboidratos. Um copo de 180ml da polpa da fruta in natura possui cerca de 30g de carbos e aproximadamente 200kcal. Ou seja, não é um alimento reduzido em calorias, por isso deve ser consumido com moderação. Os participantes do estudo consumiram 250ml da polpa de fruta in natura, ou seja, sem adição de açúcar, farinha ou qualquer outra coisa. 

Pois é, frangolino, seja no pré ou no pós treino, o açaí é uma excelente pedida. Lógico que não podemos esquecer que, visando o emagrecimento, o açaí deve ser consumido in natura e com moderação, ou seja, sem aquela adição exagerada de farinha, tapioca, granola ou farinha láctea. Cada um tempera o açaí do jeito que quiser e pronto, sem palestrinha com viés amazonense aqui. O açaí é nosso, mas também é de todos. Toma teu açaí do jeito que tu quiser e seja feliz! 

SUPLEMENTAÇÃO COM POLPA DE AÇAÍ (EUTERPE PRECATÓRIA) ALTERA PARÂMETROS DE RECUPERAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO INTERMITENTE DE ALTA INTENSIDADE (HIIT) EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS.

Esta pesquisa teve o financiamento da FAPEAM (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Amazonas- EDITAL N. 010/2021 - CT&I ÁREAS PRIORITÁRIAS)

 Fonte: Dissertação de mestrado


fonte: A CRÍTICA 




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