COMEÇA JULGAMENTO DE EX-POLICIAIS ACUSADOS DE ASFIXIAR MOTOQUEIRO

Foto: Reprodução



Começa nesta terça-feira (26) o julgamento dos três ex-policiais rodoviários acusados de matarem asfixiado Genivaldo de Jesus com gás lacrimogêneo no porta-malas da viatura em Umbaúba, no interior de Sergipe, em maio de 2022.

Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia enfrentam essas acusações devido à morte de Genivaldo durante uma abordagem policial. O julgamento, de alta complexidade, ocorre com várias restrições ao público e familiares no Fórum Ministro Heitor de Souza, em Estância.

Os réus chegaram por volta das 7h e estão isolados até o início da audiência, que contará com 30 testemunhas. A previsão é que o júri dure sete dias corridos.

Caso Genivaldo

A morte aconteceu no dia 25 de maio de 2022 em Umbaúba (SE). Genivaldo foi abordado em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto pilotava sua moto na BR-101. Segundo os policiais, ele estaria sem capacete.

Ao ser questionado, teria tentado explicar que tomava remédios para distúrbios psiquiátricos. A informação foi confirmada pelo sobrinho que o acompanhava, Wallison de Jesus.

Ao chamarem reforços, os policiais começaram uma série de agressões. Genivaldo foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, sob fumaça intensa. A cena foi registrada em vídeo pelos celulares de testemunhas presentes.

Pelas frestas da porta traseira, mantida semifechada, era possível ver fumaça escapando e também as pernas do homem balançando em desespero, enquanto ele gritava no interior da viatura. Assim que Genivaldo parou de se debater e gritar, os policiais fecharam a porta traseira da viatura, entraram no carro e deixaram o local.

 

Fonte: R7

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