CACHORRO TESTA POSITIVO PARA PARASITA QUE CAUSA CEGUEIRA EM HUMANOS
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Autoridades de vigilância do Reino Unido registraram o primeiro caso de infecção por Linguatula serrata em um cachorro sem histórico de viagem para fora da Grã-Bretanha. O parasita pode crescer até 13 cm e infectar humanos que tenham contato com animais contaminados, o que pode provocar sintomas como dor abdominal e tosse, bem como levar à cegueira.
O caso foi registrado em março de 2023, mas divulgado pelo governo do Reino Unido apenas em novembro deste ano, no Resumo Anual do Grupo de Especialistas em Pequenos Animais.
Embora casos de L. serrata já tenham sido registrados na Grã-Bretanha antes, todos eles ocorreram em cães importados para o Reino Unido de países onde a infecção é mais comum. Esta é a primeira vez que um cachorro sem histórico de viagem é infectado com o parasita.
O Linguatula serrata é conhecido como verme da língua. Os cães podem ser infectados por comerem carne crua contaminada com ovos do parasita ou fezes de animais doentes. Autoridades do Reino Unido confirmaram que o tutor alimentava o animal com carne crua, mas a fonte da infecção não foi identificada.
A maioria dos casos é assintomático, mas o parasita pode causar rinite de leve a grave em cães, excesso de muco, sangramento na garganta, espirros frequentes e dificuldades respiratórias.
Ovos da L. serrata são eliminados nas fezes do cachorro ou na secreção nasal e podem contaminar as pessoas que entrarem em contato com a saliva, o muco ou as fezes de um animal de estimação infectado.
Vale ressaltar que humanos também podem ser contaminados com L. serrata ao comerem carnes malcozidas ou alimentos acidentalmente contaminados com fezes infectadas, bem como pela saliva e pelo muco dos animais de estimação.
Os parasitas podem se fixar na parte de trás da garganta ou passar para o intestino e se alojar em outros tecidos, causando dor abdominal, tosse crônica e suores noturnos. Em casos raros, a infecção provoca dor nos olhos e perda de visão, se os ovos da larva eclodirem no olho.
O tutor do Reino Unido não foi contaminado. Ele recebeu conselhos das autoridades sobre boas práticas de higiene na alimentação. De acordo com o governo britânico, a potencial transmissão do parasita foi reduzida após o tratamento do cão.
METROPOLES*
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