COMO A UCRÂNIA AJUDOU REBELDES DA SÍRIA PARA HUMILHAR A RÚSSIA

(Foto: The Washington Post/Lorenzo Tugnoli)

No último fim de semana, rebeldes sírios ligados ao grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomaram o poder em Damasco, marcando o fim do governo de Bashar al-Assad. Segundo fontes familiarizadas com atividades militares ucranianas, os insurgentes receberam apoio estratégico de operadores de inteligência da Ucrânia, em uma tentativa de enfraquecer a Rússia e seus aliados no Oriente Médio.

Relatos indicam que cerca de 20 operadores ucranianos especializados em drones e 150 equipamentos de visão em primeira pessoa foram enviados à Síria semanas antes da ofensiva. A assistência ajudou o HTS a realizar ataques coordenados que culminaram na queda do regime sírio.

Esforços coordenados da Ucrânia

A Ucrânia tem adotado uma estratégia global para sabotar operações russas em diferentes partes do mundo, incluindo Oriente Médio, África e território russo. Em junho, a agência de inteligência ucraniana (GUR) admitiu apoiar rebeldes sírios em ataques contra posições militares russas. Operações similares já foram relatadas no norte do Mali, onde rebeldes, com assistência de Kiev, emboscaram mercenários do Grupo Wagner.

Autoridades russas já haviam levantado suspeitas sobre a presença ucraniana na Síria, mas minimizaram sua importância no avanço do HTS. No entanto, a ofensiva que levou à deposição de Assad revelou falhas na capacidade de Moscou de prever e impedir ataques apoiados por Kiev.

Impactos e implicações

A queda de Bashar al-Assad é um marco significativo no cenário geopolítico do Oriente Médio, com potencial para desestabilizar ainda mais a região. Enquanto isso, a Ucrânia demonstra que está disposta a ampliar o campo de batalha contra a Rússia, atingindo interesses estratégicos em áreas onde Moscou não espera ser atacada.

O governo ucraniano não comentou oficialmente sobre sua participação nas operações na Síria, mas o chefe da GUR, Kirilo Budanov, já havia prometido perseguir operadores russos “em qualquer parte do mundo”. A ajuda na Síria, embora modesta, reforça essa estratégia.

Contexto geopolítico

A perda de Damasco representa um golpe significativo para a influência russa no Oriente Médio. A situação também levanta questionamentos sobre a estabilidade da região e os próximos passos dos atores envolvidos. A Rússia, surpreendida pela velocidade da ofensiva, pode buscar formas de retaliação, enquanto países ocidentais avaliam o impacto da mudança no equilíbrio de poder na Síria.


*FONTE: PORTAL TUCUMà

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