CONFIRA O BOLETIM SOBRE A ESTIAGEM NO ESTADO DO AMAZONAS
Entre 1º de setembro de 2023 e o final de outubro de 2024, o monitoramento da Bacia do Rio Amazonas constatou 85 mínimas históricas / Foto: Divulgação/SGB / |
O ano de 2024 ficará marcado como um dos mais críticos em termos de seca no Brasil, especialmente nas regiões da Amazônia e do Pantanal. Rios emblemáticos, como o Rio Negro, em Manaus (AM), registraram os menores níveis de suas séries históricas, de acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). As medições revelaram um cenário alarmante: 85 mínimas históricas na Bacia do Rio Amazonas foram registradas entre 1º de setembro de 2023 e o final de outubro de 2024.
Esses índices não apenas superaram recordes anteriores, mas também elevaram a sensação de desequilíbrio ambiental. O monitoramento do Rio Negro, realizado há 122 anos, demonstra a gravidade inédita da situação. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 2024 foi palco da maior seca em extensão e intensidade dos últimos 70 anos.
O impacto foi devastador em todo o país. Em setembro, 4.748 municípios brasileiros – mais de 80% do total – enfrentavam algum grau de seca. Desses, 1.349 estavam em níveis severos ou extremos, refletindo a abrangência e a intensidade da crise hídrica.
Os eventos de 2024 deixam um alerta claro: o aumento da frequência e severidade das secas representa um desequilíbrio climático que exige ações urgentes para mitigação e adaptação. Especialistas apontam que medidas integradas, incluindo a preservação de nascentes, reflorestamento e políticas públicas de gestão hídrica, são essenciais para minimizar os impactos de futuros períodos de estiagem.
Enquanto a natureza lança sinais de alerta, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar o desenvolvimento com a conservação ambiental em um cenário cada vez mais pressionado pelos extremos climáticos.
O Boletim de estiagem você pode conferir, clicando aqui.
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