RIXA ENTRE FAMÍLIAS ESTÁ POR TRÁS DE ASSASSINATO DE GOLEIRO DE 14 ANOS DO GRUPO CITY NO URUGUAI; SAIBA DETALHES
Geral Froste morreu baleado em Montevidéu — Foto: Reprodução |
A morte do goleiro uruguaio Geral Froste, 14 anos, das categorias de base do Montevidéu City (parte do City Football Group, do Manchester City), chocou o futebol do país. O jovem foi baleado na madrugada desta quinta-feira, quando teria tentado defender a mãe em uma discussão entre vizinhos, afirma uma testemunha. Novos detalhes sobre o incidente surgiram nesta sexta-feira.
Segundo o jornal uruguaio El País, a discussão teria partido de um vizinho que acabara de retornar da prisão. Testemunhas contam que o homem se sentiu ofendido por não ser cumprimentado pelos moradores ao voltar para a casa. Daí, começou uma briga entre ele e o pai do goleiro.
A tensão entre os dois já existia de longa data, e a falta da saudação por parte do pai do goleiro teria retomado o conflito. Segundo Adriana Edelman, responsável pela investigação do caso, a briga aconteceu em dois momentos diferentes. Primeiro entre o vizinho e o pai de Froste.
O desentendimento inicial chamou a atenção de familiares e vizinhos, que se aproximaram de ambos. Logo depois, uma nova confusão foi instaurada. Desta vez, entre a mãe da vítima e a ex-mulher do vizinho. Foi neste momento que Froste tentou apartar sua mãe da briga, e levou quatro tiros. Ele foi socorrido rapidamente e seguiu para a Clínica de Capitão Tula, mas chegou morto ao local.
A equipe de investigação concluiu que, na verdade, seis armas foram utilizadas na cena do crime. No entanto, ainda não se sabe qual delas foi a responsável pelos disparos que acertaram o adolescente. Após o crime, o vizinho que iniciou toda a confusão se refugiou na casa dos sogros e um grupo de pessoas disparou contra a residência, além de tentar atear fogo.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia foram chamados para combater o incêndio e socorrer as pessoas que estavam no imóvel. “Claramente os ânimos estavam muito inflamados”, explicou o procurador responsável. Ao entrarem na propriedade, os agentes encontraram o acusado, sua ex-mulher e seus dois irmãos.
O autor do crime confessou o ocorrido aos policiais. “Me tirem daqui, porque eles vão me linchar. Eu matei o garoto”, admitiu. Edelman informou que a polícia estava com suas câmeras ligadas, mas o acusado voltou a confessar o crime no Ministério Público na presença do seu advogado, Raúl Estomba.
O vizinho está sendo acusado do crime de homicídio agravado pelo uso de arma de fogo, tráfico de armas de fogo, além de posse e porte ilegais de arma. Ele também ficará preso preventivamente por 180 dias, mas as investigações continuam.
*Extra
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