VÍDEOS: IDOSA, FILHOS E NETO SÃO AGREDIDOS POR POLICIAIS

(Foto: Reprodução/Vídeo)

Uma abordagem policial terminou em violência na noite dessa quarta-feira (4/12), no bairro Jardim Regina Alice, em Barueri, na Grande São Paulo. Uma mulher de 63 anos, seus dois filhos e seu neto foram agredidos por policiais militares dentro de sua própria casa.

Lenilda Messias Santos Lima, supervisora de vendas, foi atingida na testa com um cassetete, empurrada e chutada por um dos agentes durante a ação. Vídeos gravados por testemunhas mostram cenas de agressão que incluem o uso de cassetetes e golpes como mata-leão.

O início da abordagem

Lenilda relatou ao Metrópoles que o episódio começou quando policiais abordaram seu filho, Juarez Higino Lima Júnior, e seu neto, Matheus Higino, em frente à residência. A abordagem teria como objetivo verificar supostos problemas na documentação da motocicleta de Juarez.

Ela, que estava no andar de cima com a neta de seis meses, desceu após ouvir a confusão. “Vi meu neto e meu filho sendo agredidos, e tentei intervir, perguntando o que estava acontecendo. Sem dizer nada, o policial me bateu com o cassetete na testa”, afirmou Lenilda.

Mesmo ferida, ela tentou dialogar: “Pedi que parassem, mas fui empurrada e chutada pelo mesmo policial enquanto o sangue escorria no meu rosto.”

Imagens revelam a violência

Vídeos registrados por testemunhas mostram Juarez sendo segurado em um mata-leão por um policial, enquanto outro o agride com um cassetete. Em outra gravação, sua irmã, Paula Messias, aparece tentando intervir, mas é contida pelos agentes.

Uma terceira filmagem mostra cerca de sete policiais tentando entrar na garagem da casa aos chutes e empurrões, portando cassetetes.

Repercussão e providências

Lenilda foi atendida em um hospital e, junto com sua família, registrou o caso na Delegacia Sede de Polícia de Barueri. Na manhã desta quinta-feira (5/12), os agredidos realizaram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Osasco.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar para apuração e destacou que os policiais envolvidos poderão ser punidos.

“A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e assegura que qualquer ocorrência envolvendo excessos será investigada”, afirmou a SSP.

Além disso, a Polícia Civil está analisando as imagens para entender as circunstâncias da ação.

Indignação da família

Lenilda expressou sua revolta:

“Jamais imaginei passar por algo assim. Foi muita agressão, um abuso de autoridade. Eu só estava tentando entender o que acontecia com minha família.”

O caso reacende debates sobre violência policial e uso excessivo da força, gerando forte repercussão nas redes sociais e entre defensores de direitos humanos.


*Fonte: Portal Tucumã 

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