JOVEM BALEADA POR AGENTES DA PRF NA VÉSPERA DE NATAL APRESENTA PIORA E VOLTA À UTI
A jovem Juliana Leite Rangel, de 19 anos, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, apresentou piora no quadro de saúde. Internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ), ela precisou retornar à ventilação mecânica devido a uma infecção, interrompendo o processo de reabilitação. O boletim médico divulgado pela prefeitura informa que Juliana voltou a apresentar febre e sinais de infecção, necessitando ajustes no tratamento e sedação leve.
Nos últimos dias, Juliana havia mostrado melhoras significativas, como a retirada da ventilação mecânica e a capacidade de interagir com familiares. Contudo, com o agravamento da infecção, ela segue em estado grave na UTI, acompanhada por uma equipe multidisciplinar, incluindo especialistas em neurocirurgia e psicologia. Não há previsão de alta da terapia intensiva.
O caso ocorreu na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, quando Juliana foi atingida por um tiro de fuzil dentro do carro da família. Seu pai, Alexandre Rangel, também foi ferido, mas recebeu alta médica. A abordagem, que deixou o veículo com várias perfurações, foi classificada pela família como injustificada. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam a ação, enquanto os agentes envolvidos foram afastados.
A PRF afirmou que está apurando os excessos na abordagem e oferece apoio psicológico e logístico à família. Entretanto, os parentes de Juliana buscam na Justiça Federal uma pensão provisória para se manter, já que Alexandre, mecânico autônomo, está impossibilitado de trabalhar devido ao ferimento na mão.
O caso gerou grande repercussão, reacendendo o debate sobre a conduta de agentes em abordagens policiais. A família segue pedindo justiça e apoio, enquanto Juliana luta pela vida, enfrentando complicações graves decorrentes do incidente.
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