ZUCKERBERG ENCERRA CHECAGEM DE FATOS NO FACEBOOK E INSTAGRAM
A Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, anunciou o fim de seu sistema de verificação de fatos e a flexibilização das políticas de moderação de conteúdo. O comunicado foi feito nesta terça-feira (7) pelo fundador e CEO, Mark Zuckerberg, em um vídeo divulgado nas plataformas.
Segundo Zuckerberg, as práticas atuais de verificação de conteúdo “exageraram” e não estão alinhadas à missão da empresa de promover a liberdade de expressão. “Estamos retornando às nossas raízes. O foco agora será reduzir erros, simplificar políticas e priorizar a liberdade de expressão”, declarou. A empresa planeja substituir os verificadores de fatos por um sistema de “notas da comunidade”, inspirado no modelo do X (antigo Twitter), inicialmente nos Estados Unidos.
Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da Meta, destacou a importância da mudança em entrevista ao programa “Fox & Friends”. Ele afirmou que a empresa busca equilibrar as responsabilidades de moderação com a liberdade de expressão. “Estamos redefinindo nosso papel para favorecer a liberdade de expressão e inovar”, disse Kaplan.
O programa de verificação de fatos foi introduzido após as eleições presidenciais de 2016 nos EUA, como resposta às críticas sobre a proliferação de fake news. Nos últimos anos, a Meta esteve em contato com o STF e o TSE no Brasil, compromissos que resultaram em políticas de combate à desinformação. No entanto, a decisão de eliminar o programa gera incógnitas sobre como as Cortes brasileiras, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, reagirão à mudança.
No vídeo, Zuckerberg também comentou sobre sua intenção de dialogar com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para garantir que regulamentações locais não resultem em censura para empresas americanas. Ele criticou legislações europeias que, segundo ele, dificultam a inovação, e mencionou tribunais da América Latina que ordenam remoções de conteúdo de forma sigilosa. “Os EUA têm a mais forte proteção constitucional para a liberdade de expressão. Precisamos garantir que isso sirva de exemplo global”, concluiu.
Com a alteração, a Meta inicia uma nova fase, provocando discussões intensas entre defensores da liberdade de expressão e aqueles que temem o aumento da desinformação nas redes sociais.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
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